Que a cidade de Macapá está cheia de buracos nas ruas e avenidas isso todo mundo já sabe, mas existem pra lá de críticos. Que o digam os moradores do Infraero II, mais especificamente os que moram na Avenida Carlos Lins Corte, principal do bairro. Até o trajeto do ônibus foi modificado pelas empresas que querem reduzir os prejuízos com a troca de peças.
São muitos os trechos complicados. Um outro exemplo é a Rua Claudomiro de Moraes num trecho longo que começa no bairro do Congós e segue até o início da Rua Paraná, onde começa o bairro Santa Rita.
O empresário Fernando Trindade, conta que já viu muitos carros quebrarem em frente à sua loja de autopeças. “Já perdi as contas de quantas peças os motoristas vieram comprar aqui na minha loja. Já vieram tapar os buracos, mas eles sempre voltam e crescem ainda mais”, afirma.
Os moradores do Infraero II já não aguentam a situação. “É um descaso mesmo com a população. Moro aqui há 10 anos e nunca, nem prefeito, nem governador, fizeram nada por essa avenida. Só vem tapar buraco e vão embora. Isso precisa de asfalto, é um absurdo a situação dessa avenida”, desabafa a professora Júlia Melo.
Os buracos crescem em número e tamanho todos os dias, apesar da operação feita pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob). Com poucos homens, máquinas e asfalto, as equipes não conseguem vencer a buraqueira.
A Semob informou que realiza permanentemente serviços de tapa-buracos, porém em período de chuva o trabalho é suspenso por impossibilidade técnica. Para as obras de pavimentação com terraplenagem, drenagem e asfaltamento das vias, como é o caso da avenida no Infraero II, a Semob habilitou R$ 836 milhões na terceira etapa do PAC-2, as obras têm prazo para começar em julho.
Enquanto a pavimentação não chega, moradores pagam caro com a troca de peças dos seus automóveis. Muitos já fazem piadas com a situação do município. “Essa Avenida Carlos Lins Corte, deveria mudar de nome, deveria se chamar Avenida da Lua, porque aqui tem tanto buraco quanto a lua tem cratera”, brinca o morador Léo Silva, com a situação do bairro.