A dona de um hotel em Oiapoque (a 590 quilômetros de Macapá) foi presa na manhã desta quinta-feira, 13, pela Polícia Civil, acusada de exploração sexual. Funcionárias denunciaram que eram oferecidas pela empresa como garotas de programas a hóspedes franceses.
O hotel Chez Denise fica no centro do município de Oiapoque. A proprietária é Eldenize Nascimento Lima Mathurin. A gerente do estabelecimento, Ângela Maria Correia Dias, também foi presa por ordem da Justiça.

Interior de um dos quartos do hotel Chez Denise em um anúncio na internet. Funcionárias seriam forçadas a se prostituir
Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), três ex-funcionárias do hotel levaram o caso até as autoridades. Elas estavam sendo forçadas pela empresária a manter relações sexuais com hóspedes de nacionalidade francesa. As trabalhadoras teriam se recusado e foram demitidas.
O inquérito está sob responsabilidade do delegado Charles Correa. De acordo com ele, Eldenize é casada com um cidadão francês que traria homens para se hospedagem no hotel. “No hotel Chez Denise detectamos que as acusadas aliciavam mulheres para a prática de exploração sexual usando garotas de programas da cidade e em alguns casos as funcionárias alegando que havia um tal gringo interessado nelas e que receberiam pelo programa”, revelou o delegado.
O delegado pediu a prisão com base nos depoimentos das ex-funcionárias e testemunhas. A empresária e a gerente estão sob custódia no Centro Integrado de Operações em Segurança Pùblica (Ciosp). O caso foi informado à Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República e Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Mulheres e Prostituição Infantil, no Congresso Nacional.
Outro caso
Um outro caso parecido está sendo investigado também em Oiapoque. Em março, a polícia abriu inquérito para investigar a dona de uma boate. A suspeita é Brenda Cristiane Costa de Oliveira, de 33 anos, a “Sabrina”.
Ele é acusada de aliciar e viciar em drogas meninas com idades entre 14 e 16 anos. Com a dependência química, era mais fácil fazer as meninas aceitarem os programas sexuais.