“Eu estava possuído!”, disse acusado de estuprar enteado de 1 ano

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A Polícia Civil tem em mãos um caso tão aterrador que até policiais experientes e a delegada que investiga o caso ficaram chocados. Um homem de 18 anos foi preso acusado de estuprar o enteado que só tem 1 ano e 2 meses. O caso ocorreu no fim de semana no Perpétuo Socorro, mas só nesta quarta-feira, dia 12, a polícia ficou sabendo da história porque moradores ameaçavam linchá-lo.

José Nilton dos Santos Sena veio do município de Itaubal do Piririm (140 quilômetros de Macapá) trazendo a esposa, que é menor de idade, e o enteado para morar no Perpétuo Socorro. Na tarde da última sexta-feira, 7, a mãe voltou de um culto na igreja e percebeu que a criança chorava muito e sangrava pelo ânus.

Segundo depoimento da mãe, ela e a criança foram presas por José Sena dentro da casa, o que a teria impedido de procurar socorro médico para o menino. Os ferimentos infeccionaram e no início da semana a mãe conseguiu levar a criança até o Pronto Atendimento Infantil.

No Pronto Atendimento Infantil, o médico de plantão desconfiou dos ferimentos da criança e avisou a polícia. No hospital, o padrasto alegou que o menino se feriu ao cair sentado em um toco de madeira. A explicação não convenceu a equipe médica.

Os vizinhos do acusado ficaram sabendo da história e se armaram de paus e terçados para tentar linchar José e a mãe dele, que teria ameaçado a mãe da criança para que não levasse o caso até a polícia. Quando José voltou para casa percebeu a vizinhança revoltada, se escondeu e chamou a PM, que foi até o Perpétuo Socorro para resgatá-lo.

Desde quarta-feira o padrasto estava protegido no Ciosp do Pacoval e nesta quinta a Justiça decretou a prisão preventiva dele. Na delegacia, ele deu uma explicação para o crime: “eu me lembro de algumas coisas, mas eu estava possuído. Quero só falar com a minha mãe”.

A delegada Elza Nogueira, titular da Delegacia de Polícia Especializada, esteve duas vezes no Pronto Atendimento Infantil para ver a criança e disse ter ficado chocada com o episódio. Há suspeitas de que o menino era torturado pelo padrasto com queimaduras. Até o fim desta manhã, a delegada aguardava o laudo de exame de corpo de delito da Polícia Técnica.

A criança continua hospitalizada, e há a possibilidade de ela precisar passar por uma cirurgia. 

 

Seles Nafes
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