Nesta terça-feira, 18, a Polícia Civil de Macapá abriu inquérito para investigar a morte do funcionário da Assembleia Legislativa do Amapá, Celino de Almeida, de 55 anos. Ele foi encontrado morto um dia antes dentro de sua casa, no bairro Nova Esperança, com uma perfuração no coração. O caso foi anotado oficialmente pela Polícia Militar como suicídio, mas a Delegacia de Crimes Contra a Pessoa não descarta a hipótese de homicídio.
Celino Souza de Almeida foi gerente do Bradesco e desde de 1991 exercia a função de chefe da Divisão de Serviços Gerais da Assembleia. No dia anterior à morte, ele foi levado para a Delegacia de Crimes Contra a Mulher, acusado de violência doméstica pela esposa, Andrea Pantaleão da Costa. O casal vivia junto há 20 anos, mas segundo familiares, o relacionamento atravessa uma permanente crise. “Ele vivia triste com os rumos do relacionamento”, explica Maiara Almeida, filha de Celino.
Celino foi encontrado ainda com vida por policiais militares chamados por moradores da casa. O funcionário público ainda agonizou durante meia hora, segundo relatos dos policiais. “Ele tinha em uma das mãos uma faca e um hematoma que pode ter sido produzido pela faca também. Eu vou esperar a chegada dos laudos necroscópico e do local do crime. Pelo que fiquei sabendo, não havia sinais de luta na casa. Tudo estava bem arrumado”, comentou a delegada responsável pelo caso, Odanete Biondi.
O funcionário público tinha bens patrimoniais bem valiosos, entre eles uma casa confortável no Nova Esperança e duas vilas de kitnetes. A partir de quinta-feira, 20, a polícia começa a ouvir as primeiras testemunhas, amigos e familiares. Apesar de ser raro alguém se matar com uma facada no coração, a tese de suicídio é a mais forte no momento. Celino
Almeida foi sepultado na tarde desta terça-feira.