Foi assinado na tarde desta quinta-feira, 27, o acordo entre as prefeituras de Macapá e Santana que passarão a dividir o uso do aterro controlado de Macapá, localizado na comunidade de Ilha Redonda, à altura do Km 14 da BR-210. Com o acordo, o Santana poderá, a partir do dia 1º de abril, despejar o seu lixo doméstico de forma conjunta com a da capital.
A medida faz parte da desativação da lixeira pública de Santana, marcada para 31 de março. A lixeira funciona há mais de 20 anos na Rodovia Duca Serra e, de acordo com as leis de saneamento básico, não poderia estar localizada tão próxima de área urbana. “Tínhamos até agosto para transferir a lixeira pública de Santana para não recebemos as punições do Ministério do Meio Ambiente. Fato que poderia prejudicar a nossa obtenção de recursos no setor. Por isso damos esse passo importante à mudança da destinação final do lixo doméstico gerado por Santana”, justificou o prefeito de Santana, Robson Rocha (PTB).
Com a mudança, a estimativa é que o aterro controlado receba, além do lixo doméstico de Macapá, mais 80 toneladas diárias de lixo de Santana, motivo que levou a empresa responsável pelo aterro a aumentar sua área. “Quando surgiu essa ideia de unir a destinação do lixo das duas cidades, a empresa responsável pelo local teve que fazer uma mudança para aumentar a capacidade de recepção de materiais. Houve também um acordo da empresa com a prefeitura de Macapá para que antigas dívidas fossem quitadas e assim a mesma pudesse voltar a realizar o serviço de saneamento, fato que estava transformando o aterro em lixeira a céu aberto novamente”, lembrou o prefeito de Macapá, Clécio Luiz (PSOL).
Outro município poderá entrar nesse consórcio; é o caso de Mazagão. “Essa é uma etapa que pode se concretizar mais à frente. Já entramos em contado com a prefeitura de Mazagão para estender o acordo ao município também”, acrescentou Clécio.
Com a união, não há um aumento no valor pago por cada prefeitura para a empresa responsável pelo aterro. A prefeitura de Santana vai desembolsar R$ 42 por tonelada. “São dois acordos diferentes cada um pagará pelo serviço prestado diretamente com empresa sem que qualquer um dos municípios sofra interferência com acordo do outro”, concluiu Clécio.
Robson Rocha ainda destacou que Santana estará procurando por uma área apita a
receber o lixo doméstico do município. “Com esse acordo poderemos estudar melhor o território Santanense para verificar se temos uma área que possa ser transformada em aterro sanitário”, continuou o prefeito.
Colisão com urubus
Com a mudança, a prefeitura também inicia o trabalho de limpeza do lençol freático do Bairro Fonte Nova, que estava contaminado com os dejetos químicos formados pelo acúmulo de lixo na entrada da cidade. A mudança também atende o pedido da Infraero, que tinha muitos problemas com a quantidade de urubus que sobrevoam a lixeira no trajeto dos aviões que estão em aproximação do aeroporto. Só para se ter uma ideia, no último relatório entregue pela Infraero, correspondente ao primeiro semestre de 2013, foram relatadas 16 colisões de aeronaves com aves.