Faleceu na noite desta quinta-feira, 25, o boxeador amapaense Raimundo Costa, 24 anos, conhecido como “Galo”. O lutador era uma das grandes promessas do Amapá revelado na Academia de Nelson dos Anjos. Com seus bons resultados em 2013, o atleta havia conseguido espaço para disputar uma vaga na Seleção Olímpica Brasileira.
Galo lutava na categoria até 69 quilos na qual, no ano passado, conseguiu uma medalha de ouro na Copa Norte disputada em Manaus, e uma medalha de bronze no Campeonato Brasileiro. Com os resultados, o atleta se preparava para disputar duas vagas em sua categoria para a Seleção Brasileira, visando as Olimpíadas de 2016.
Os sonhos foram interrompidos após uma suposta luxação em uma coxa depois dos treinos. Segundo Nelson dos Anjos, treinador do boxeador, diz que o rapaz já vinha reclamando de fortes dores no local. “Há pouco mais de um mês ele me contou que havia batido a perna em uma brincadeira e que estava sentindo muitas dores em meio aos treinos. Ele pediu dispensa e passou uma semana descansando, só que a situação se agravou e há um mês foi para um hospital para descobrir o motivo das dores”, relatou.
Galo passou duas semanas no Hospital de Emergência fazendo exames e em observação médica. Logo foi diagnosticado um câncer de estômago e o atleta foi transferido para a oncologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima para iniciar o tratamento. A sua doença, segundo o que foi repassado para os familiares, já estava em fase terminal.
Amigos começaram então uma campanha nas redes sociais para arrecadar alimentos e fraudas geriátricas para o atleta, que estava piorando rapidamente a cada dia. “Nós últimos dias, ele perdeu a visão e os médicos informaram que o estado era crítico. O câncer já estava alastrado pelo corpo”, acrescentou Nelson.
Os médicos informaram à família e amigos que a luxação na coxa serviu apenas para agravar a situação, pois o câncer já existia há mais tempo. Seu corpo foi velado em uma Igreja do Bairro Araxá, de onde segue na manhã deste sábado, 26, para o enterro no cemitério São José.
Antes de entrar no boxe, Galo jogou futebol em alguns times do Amapá. Apesar da tristeza, amigos afirmam que “Galo” sempre será lembrado como um batalhador, não só no esporte, mas na vida.