Professores da escola municipal Rondônia, localizada no bairro Jesus de Nazaré, decidiram paralisar as aulas nesta quinta-feira, 10, chamando atenção para as precárias condições do prédio da instituição. Pais de alunos também se concentraram na frente da escola para reclamar da situação. Apesar ter ar condicionado e carteiras novas, os educadores reclamam da falta de limpeza, paredes podres e goteiras por toda parte. A escola foi inaugurada em 1967, e nunca passou por reforma, segundo eles.
A escola Rondônia atende cerca de 400 estudantes do 1º ao 4º ano do ensino fundamental. De acordo com os próprios alunos a precariedade do prédio não oferece condições para o aprendizado. “Eu amo essa escola, gosto de estudar aqui e brincar com meus colegas. Mas quero uma escola limpa e sem goteiras na sala. Quero brincar na quadra sem ter que me preocupar com sapos ou baratas”, desabafa a aluna da 4ª série, Milena Medeiros.
Além de tudo isso, a escola tem vários focos de dengue e o muro ameaça cair. Os pais apoiam a paralisação dos educadores, e dizem que a escola precisa urgente de reforma “Não dá para nossos filhos continuarem nessas condições. Quando chove tem que levar guarda-chuva para dentro da sala para não se molhar. A rede elétrica está toda comprometida. Outro dia na sala do meu filho a central de ar pegou fogo”, denuncia Ana Cristina Mota, mãe de um aluno da escola.
Próximo à quadra de esportes existe um buraco no muro por onde os alunos fogem no período de aula. Os estudantes contam que o muro está prestes a cair e causar um grande acidente. Wendel dos Santos, da 2ª série, conta que alunos já se machucaram dentro da escola. “Um dia uma menina cortou pé, outra vez um menino escorregou dentro da sala por causa do piso molhado pela chuva”.
Os professores afirmam que só retornarão às atividades quando a Prefeitura se pronunciar sobre o caso. “É um completo descaso com a nossa escola, principalmente com as nossas crianças. Vamos ficar de braços cruzados esperando uma equipe da Prefeitura para conversar conosco”, afirmou a professora Simone Rodrigues.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) ficou de se manifestar sobre o caso nesta sexta-feira.