A dificuldade da polícia em reduzir a quantidade de assaltos e furtos em residência tem provocado uma mudança de comportamento no amapaense que passou a investir mais em segurança domiciliar. Câmeras de vídeo, interfones, cercas e portões elétricos passaram a compor o visual das residências. Os preços mais acessíveis e as facilidades de pagamento também ajudam a impulsionar as vendas e a multiplicar a quantidade de empresas especializadas neste tipo de serviço.
Há pouco tempo a procura por esses equipamentos limitada a empresários donos de lojas, restaurantes e escritórios. “Nos últimos anos a procura aumentou na classe C. Principalmente de portões e cercas elétricas. O portão, justamente pela facilidade da pessoa sair de casa sem descer do automóvel. A cerca por proteger a residência, ou pelo menos por intimidar possíveis ladrões”, explicou o supervisor de uma loja de segurança eletrônica, Rafael Frota.
O medo da violência e, principalmente de assaltos, intimida o cidadão. “Resolvemos investir em segurança na nossa casa por meio do portão e da cerca elétrica. Com o crescente aumento de violência envolvendo reféns e frequentes assaltos foi o meio que encontramos para nos sentir mais seguros quando estamos em casa ou quando saímos”, explica bióloga Janaina Reis.
O mercado oferece três tipos de cercas: residenciais, industriais e ouriços. Elas variam de R$ 900 a R$ 2.500 e possuem de 8 mil woltz a 15 mil woltz. Já as câmeras custam R$ 300, que são aquelas que filmam durante o dia. As infravermelhas ou noturnas tem preço mínimo de R$ 450 a unidade.
Mas esses preços sobem por causa dos custos com cabos e conectores. “O equipamento em si não é caro. O que aumenta seu valor são o cabeamento e a mão-de-obra. É o caso do interfone, que custa uns R$ 100, mas com os equipamentos sai por R$ 250”, disse o supervisor.
Mesmo com a segurança reforçada, o sentimento ainda é de insegurança. Mesmo assim, o investimento é necessário e com certeza intimida a maioria dos bandidos. “Já fui assaltado duas vezes. Então colocamos cerca elétrica e câmeras. Eu sei que isso não evita assaltos, mas já intimida o bandido. Depois disso não aconteceu novamente”, contou o empresário Rodrigo Trajano.