Engenheiros e técnicos das secretarias de Infraestrutura (Seinf), Transportes (Setrap) e Departamento de Trânsito (Detran) resolveram parar de trabalhar por três dias para chamar atenção do governo quanto ao salário da categoria que está abaixo do piso nacional. A classe reivindica o pagamento do teto nacional no valor de R$ 6 mil, hoje os engenheiros ganham quase R$ 3 mil. A categoria ficará de braços cruzados por três dias a partir desta quarta-feira, 14.
Os engenheiros já tinham paralisado no dia 30 do mês passado. Os servidores trabalham dois turnos e ganham valor referente a apenas um. “Se o piso não for aceito, queremos negociar pelo menos o aumento da gratificação. É incompatível um técnico trabalhar dois turnos e receber por um”, declarou o engenheiro Fábio do Carmo, servidor da Seinf.
Na sexta-feira, 16, os trabalhadores pretendem fazer um ato público em frente ao Palácio do Setentrião para reivindicar, numa última tentativa, a abertura da mesa de negociação com o governo do estado. Caso o pedido seja negado, os engenheiros e os técnicos ameaçam deflagrar greve. Hoje o Amapá possui 150 engenheiros e técnicos de infraestrutura que ocupam cargos nas secretarias de Infraestrutura, Educação, Segurança, Justiça e Detran.
Além do piso defasado, a categoria reclama da falta de condições de trabalho nos órgãos públicos. “Existem apenas os prédios. Não temos computadores, móveis sucateados e dificuldade de transporte na hora do trabalho”, enfatizou o engenheiro da Secretaria de Transportes, Orzanele Magno.