Traficantes de droga executaram um homem com seis tiros à queima roupa na “Ponte do Apertadinho”, Distrito de Fazendinha. O crime ocorreu na manhã de domingo, 11. De acordo com a polícia, Nadiel Maciel dos Santos, de 37 anos, foi tentar negociar uma dívida de R$ 30,00 que sua companheira, conhecida como Naná, havia contraído com os traficantes e acabou morrendo. Um dos suspeitos é conhecido apenas como “Biju”. Segundo a Policia Militar, Nadiel dos Santos, possuía duas passagens pela seccional do Distrito de Fazendinha por roubo, tráfico e uso de drogas.
De acordo com testemunhas, a companheira de Nadiel era usuária de drogas e tinha brigas constantes com o marido por causa do vício. “Eles sempre brigavam quando ela consumia drogas. Não foi a primeira vez que esses bandidos vieram aqui ameaçar eles de morte”, disse uma testemunha que preferiu não se identificar. Outra testemunha disse que ambos consumiam drogas e que os traficantes frequentavam a residência do casal. “Esse traficante era fornecedor deles, porque sempre vinha aí cobrar”.
Pessoas próximas à família da vítima disseram que o caso não chocou tanto, pois o envolvimento do casal com os criminosos anunciava que uma tragédia podia acontecer a qualquer momento. Um vizinho do casal não acredita que os traficantes mataram Nadiel apenas por R$ 30,00. “Eles consumiam muito, a dívida deveria ser bem mais que isso”, disse o vizinho que não quis ser identificado.
A polícia confirma que a ponte do Apertadinho é uma área de intenso tráfico de drogas e que o traficante “Biju” comanda as atividades na região. “Nós conhecemos vários pontos de drogas naquela área e que o Biju comanda tudo por lá. Mas, não podemos chegar invadindo a casa de qualquer pessoa. Até porque 85% dos moradores são do bem. Há investigadores trabalhando nessa área”, enfatizou o sargento da PM, Moraes.
Com a morte de Nadiel, moradores da passarela e áreas próximas temem o crescimento da violência. A aposentada Maria das Graças, que vive em Fazendinha há 15 anos, é um retrato do medo que os moradores enfrentam diariamente. “Eu moro aqui há muito tempo, mas nos últimos anos ficou mais perigoso viver aqui. As casas têm que ser gradeadas, cerca elétrica e nunca ficar sem ninguém. As crianças não podem brincar na rua nem andar sozinhas a partir das seis da tarde, porque correm o risco de assalto, estupro e morte”, comentou a aposentada