“A saúde está um caos”, diz secretário de Saúde do Estado sobre o PAI

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A Secretaria de Estado da Saúde se posicionou sobre as denúncias feitas pelo Sindicato dos Médicos sobre a superlotação, sujeira e outros problemas no Pronto Atendimento Infantil (PAI). De acordo com o secretário de Saúde, Jardel Nunes, o hospital enfrenta uma crise sazonal, que deverá ser amenizada com a entrega de parte das obras do Hospital da Criança, em setembro.

Primeira etapa das obras deve ficar pronta em setembro

Primeira etapa das obras deve ficar pronta em setembro

A curto prazo, a Sesa reforçou o atendimento com mais quatro médicos. O Sindicato dos Médicos foi chamado pelos profissionais que trabalham no PAI para conferir as condições de trabalho e o tratamento dos doentes. Segundo o Sindicato, os pacientes estavam nos corredores e numa UTI improvisada. Crianças dividiam o mesmo leito, os banheiros estavam sujos e os médicos reclamavam de agressões de pacientes por causa da demora no atendimento.

O secretário confirma que todos esses problemas existem no Pronto Atendimento Infantil, mas ratifica que a maioria é típica do período do ano. “A saúde no estado está um caos. Essa superlotação no PAI é por causa do período de chuvas, que provoca surto de gripe nas crianças. Além disso, a demanda é muito grande. A unidade tem capacidade para 38 crianças, mas atende 80”, afirmou o secretário. Segundo a Sesa, a grande demanda sobrecarrega os profissionais e deixa mais lento o atendimento.

Médicos fazem o que podem para salvar as crianças em UTI improvisada

Médicos fazem o que podem para salvar as crianças em UTI improvisada

Outro problema diagnosticado pelo secretário é que a estrutura do hospital não acompanhou o crescimento populacional. “Já se passaram 13 anos desde que o PAI foi construído e nunca passou por reformas ou ampliações. Ele está com a estrutura defasada, tanto que aumentará o número de leitos em setembro para 167. Hoje são 92”, explicou Jardel Nunes. O Pronto Atendimento Infantil possui 10 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), mas não atende a demanda. “Com a nova obra, passaremos a ter mais 7 UTIs. É tudo muito demorado e complicado porque estamos reformando um local que está em pleno atendimento. Mas acreditamos que em setembro a gente consiga resolver esses problemas”, disse. Enquanto a Sesa não soluciona o problema a população aguarda horas nas filas do PAI.

Rosana Correa Oliveira: espera de 4 horas

Rosana Correa Oliveira: espera de 4 horas

A vendedora Rosana Correa de Oliveira, por exemplo, foi atrás de um raio-x para o filho que está muito gripado. Já esperava mais de 4 horas sem ser atendida. “Tem que ter muita paciência. Eu perdi trabalho e não sei quando meu filho será atendido”, reclamou.

Seles Nafes
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