A partir desta terça-feira, 17, as escolas estaduais Deusolina Salles Farias, Gonçalves Dias, Augusto Antunes e General Azevedo Costa, terão novos diretores eleitos por estudantes, professores e pais de alunos. De cinco escolas que foram piloto do projeto Gestão Democrática, quatro tiveram o processo validado. A Escola Estadual Antônio Messias não conseguiu atingir 50% mais um dos votos válidos, por isso passará por uma nova eleição em 90 dias. Na foto acima, diretores e secretários eleitos.
Cada diretor eleito tem um mandato de 3 anos, podendo se reeleger. Ele também pode sofrer impeachment se assim for a vontade da comunidade escolar.
Pela primeira vez na história do Amapá a comunidade escolheu a equipe de gestão de escolas. Quatro novos diretores, diretores adjuntos e secretários escolares tomaram posse na manhã na manhã desta terça-feira no Palácio do Setentrião. O processo eleitoral ocorreu no dia 6 deste mês.
Uma lista tríplice foi encaminhada para o governador que apontou o novo diretor. “O objetivo desse processo não é simplesmente eleger diretores. É trazer os pais, estudantes e os servidores para uma reflexão sobre a mobilização da comunidade na educação. Vamos fazer avaliações do processo eleitoral, e então estender para outras escolas”, explicou o governador do estado do Amapá, Camilo Capiberibe.
A eleição partiu de uma reivindicação popular que aconteceu em 2007, que virou lei em 2010 e passou por testes. Conforme a Lei Estadual que trata sobre a Gestão Democrática no Sistema de Ensino do Estado, os novos gestores deverão administrar de forma transparente e atender as necessidades da comunidade escolar.
Em caso de descumprimento ou irregularidades, a própria comunidade poderá afastá-lo. “O mandato é de três anos. Eles foram eleitos porque apresentaram as melhores propostas, mas se caso não cumprirem poderão sofrer impeachment. Acredito que eles vão honrar o mandato e não teremos impeachment”, ponderou a secretária de Estado da Educação, Elda Araújo.