Moradores da Avenida Coaracy Nunes, entre as ruas Leopoldo Machado e Jovino Dinoá, no Centro de Macapá, reclamam que o prédio da União dos Estudantes Secundaristas do Amapá (Uecsa) virou esconderijo de criminosos e lixeira. A sede da entidade está abandonada desde 2010, quando a construtora responsável pela obra de reforma do prédio abandonou os serviços.
A agremiação estudantil existe desde 1950 e atualmente tem dificuldade de se organizar porque não tem uma referência. “Há anos que ninguém faz nada nesse prédio. As pessoas param de carro e jogam lixo, e os próprios vizinhos despejam lixo também. Vêm muito rato e barata daí. Tenho medo de pegar alguma doença ou meus filhos serem picados por insetos.”, reclama Joana Mendes da Silva, que mora perto do prédio abandonado.
A reforma da sede iniciou em 2010, mas no mesmo ano a empresa responsável largou a obra e ainda levou a fiação elétrica e materiais que seriam usados. Hoje a entidade faz reuniões e atividades nas próprias escolas estaduais. A direção da entidade reconhece os problemas. “Já recebemos várias reclamações que o espaço esteja abrigando bandidos. Nós vamos lá e trancamos, mas não adianta. Pulam o muro e quebram as correntes”, defende Rodrigo Portugal.
Um morador das proximidades, que preferiu o anonimato, disse que muitos bandidos e viciados em droga dormem no prédio. “A noite sentimos o mau cheiro das drogas que exala do lugar. Nós sabemos que criminosos e viciados dormem lá. Aquilo que deveria ser um local de concentração de estudantes virou esconderijo de bandidos”, enfatizou o morador.
Dentro da sede abandonada é possível ver muitas caixas de documentos com o selo da entidade. Tem também muito lixo e um forte odor de urina de rato. A Uecsa foi fundada por estudantes na década de 1950. Durante a ditadura militar o prédio foi tomado dos estudantes e só foi devolvido pelo governo em 1998.