A Prefeitura de Macapá começa a dar os primeiros passos para a reabertura do Parque Zoobotânico de Fazendinha, mas que deve acontecer só no segundo semestre de 2015. Nesta quarta-feira, 4, a empresa Ecometals, que vai financiar o projeto de reestruturação do parque – cumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público -, reuniu com o prefeito Clécio Luiz para definir a criação de um conselho de gestão que vai administrar os recursos que a empresa vai destinar ao parque.
O Parque Zoobotânico foi fechado no ano 2000 por recomendação do Ibama. Naquela época o local já era inadequada para as espécies que ainda vivem lá. Metade dos animais morreu ou foi transferida para o Centro de Triagem do Ibama e outros centros do país. Durante esse período, o município chegou a perder R$ 10 milhões de recursos federais porque não tinha projeto para o parque.
Agora, com a retomada do processo, a esperança retornou ao zoobotânico. O conselho será criado por meio de um decreto municipal e será formado pelo prefeito Clécio Luiz, pelo diretor da Fundação Parque Zoobotânico, Márcio Pimentel, pelo diretor da Ecometals, Paulo Lisboa, e por um representante do Ministério Público do Estado (MPE). “Para darmos transparência ao processo e também garantirmos agilidade nas ações de forma responsável, precisamos da participação do Ministério Público”, ressaltou Clécio.
De acordo com Paulo Lisboa, o investimento será realizado por etapas. A cada fase finalizada será liberado o investimento para outra etapa, com a aprovação da gestão da Prefeitura e do Ministério Público. “Estamos trabalhando nosso orçamento para garantirmos investimentos ao parque e cumprirmos com o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado com o MPE”.
Na terça-feira, 3, o consultor contratado, John Gerson, esteve no parque para conhecer o local, os logradouros com animais e assistir à apresentação da planta do parque e o novo projeto de revitalização. John Gerson comentou que o parque não necessita apenas de investimento para a reabertura, mas também do apoio de instituições públicas e privadas para sua manutenção. Foi o consultor quem pediu a criação do grupo gestor para conduzir o projeto de forma eficaz. Ele também enfatizou que é preciso atenção não só aos animais, mas também à botânica, e à questão das pesquisas científicas.
De acordo com o diretor do parque, Márcio Pimentel, todo o projeto está avaliado em R$ 16 milhões. Mas, para a reabertura do parque em condições mínimas, é necessária a metade deste valor. Cerca de R$ 2 milhões já estão encaminhados, por emendas e recursos do Tesouro Municipal. Por meio de emenda federal, será construída a nova entrada do parque e toda a parte frontal. Já com recursos do município será iniciada, com previsão em agosto deste ano, a construção do novo logradouro das onças. “Agora, com o investimento da empresa Ecometals, podemos dar início ao projeto. Temos os outros logradouros dos animais, a clínica veterinária e a parte administrativa para começarmos. Assim, garantimos que no segundo semestre de 2015 possamos reabrir finalmente as portas do parque para o público”, informou Márcio.
Projeto de revitalização
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