Oficiais de Justiça estiveram na manhã desta sexta-feira, 6, na sede do Sindicato dos Servidores em Educação do Amapá (Sinsepeap) para pegar cópias das atas da eleição que ocorreu no último domingo para a escolha da nova presidência do maior sindicato do Estado. Três chapas pedem a anulação da eleição e a uma pede a computação dos votos da Chapa Democracia, que levou a maioria dos votos, mas não assumiu porque 18 participantes estão impugnados por falta de prestação de contas em administrações anteriores.
Os documentos foram solicitados pelos advogados das chapas que querem impetrar recursos contra o resultado da eleição, homologado pela comissão eleitoral na última quinta-feira, 5, dando como eleita a chapa Autonomia, segunda mais votada no processo. Os representantes legais de cada chapa têm até o final deste sábado, 7, para entrar com os recursos. “Agora esperamos os pedidos das chapas que estão se sentindo prejudicadas. Após o fim do prazo para entrar com os recursos, a comissão eleitoral tem até cinco dias úteis para avaliar os documentos. Em seguida, faz a homologação definitiva do resultado”, explicou o atual presidente do Aroldo Rabelo.
A briga entre as chapas começou ainda no dia da eleição, quando a juíza Alaíde Maria de Paula, da 3ª Vara da Cível de Fazenda Pública de Macapá, impugnou 18 participantes da chapa que teve a maioria dos votos, devido a falta de prestação de contas no mandato anterior ao atual. Por esse motivo, os votos da chapa Democracia 21 não foram computados e, portanto, a segunda colocada foi dada eleita.
Outras três chapas, que pedem a anulação da eleição, denunciam a violação das urnas que chegaram do interior sem os lacres. Segundo os representantes dessas chapas, isso pode ter favorecido o resultado e que, por isso, o pleito deve ser realizado novamente. “Na próxima semana a comissão eleitoral deve dar o seu parecer final sobre os pedidos feitos pelas chapas. Se a eleição for cancelada, a comissão terá até 60 dias para chamar outra eleição”, analisou Aroldo.
Caso os pedidos sejam negados, a comissão terá até o dia 14 de julho para nomear a nova diretoria do sindicato, um dia antes do fim do mandato da atual presidência. Caso a eleição seja cancelada, e haja a necessidade de um novo pleito, a atual diretoria fica na administração até o fim do processo.