A Defesa Civil ainda não fechou o balanço dos prejuízos causados pelas rajadas de vento que ocorreram na madrugada desta quinta-feira, 12, em Macapá. A forte ventania, acompanhada de uma chuva intensa, atingiu os bairros Novo Horizonte, conjunto Mestre Oscar Santos, Ipê (todos na Zona Norte da capital), centro e outros pontos de Macapá. Mais de 40 casas tiveram o telhado danificado, além de queda de árvores. A previsão é que ainda ocorram mais ventanias nos próximos dias.
A Defesa Civil de Macapá emitiu alerta de monitoramento para as áreas onde ocorreram os incidentes. O órgão também vem dando apoio a população na remoção de árvores que foram derrubadas pelo vento. O incidente mais grave foi registrado na Avenida Ana Maria da Costa, no Bairro Novo Horizonte, onde uma árvore caiu fechando a rua e quebrando o telhado de duas casas.
Algumas casas afetadas no conjunto Mestre Oscar tiveram telhados parcialmente destruídos. No bairro do Novo Horizonte e Ipê, árvores tiveram os galhos quebrados e outras foram derrubadas pela ventania. Rajadas de vento são comuns em todo o período do ano e frequentemente causam mais prejuízos na Zona Norte da cidade. “Na verdade, toda essa área da zona Norte de Macapá até Santana é propícia a ventanias porque faz divisa entre o mar e o continente. A explicação simples: na Zona Norte existem casas com estruturas mais fragilizadas para esse tipo de fenômeno”, explicou o meteorologista do Iepa, Jefferson Vilhena.
Em abril deste ano, uma rajada de vento destelhou pelo menos 70 casas na Zona Norte. A cena mais impressionante foi a destruição que ocorreu na quadra da Escola Estadual Rivanda Nazaré da Silva Guimarães, onde o vento derrubou parte do muro e destelhou a quadra de esportes. Nos dois incidentes não há registro de vítimas, apenas perdas materiais.
Segundo o meteorologista, nos meses de julho e agosto as chuvas diminuem, mas podem ocorrer rajadas de vento como as dessa madrugada. “Esse fenômeno é normal para essa época do ano. Não há indícios de que essas rajadas tenham ligação com a mudança de clima no planeta. O que constatamos é que por estarmos entre o continente e mar, somos mais propícios a esse tipo de vento que pode chegar a 50 km por hora”, destacou Jefferson Vilhena.