A Justiça determinou nesta terça-feira, 3, a indisponibilidade dos bens do médico concursado, Arlindo Fiel da Costa Neto, acusado pelo Ministério Público do Amapá de trabalhar somente três horas por semana, quando o previsto são 40 horas semanais. A decisão é resultado de ação de improbidade iniciada pela Promotoria de Defesa da Saúde em abril deste ano.
Segundo apurou a Promotoria, o médico Arlindo Fiel, que é cirurgião cardíaco, foi admitido nos quadros do Estado mediante concurso público com salário de R$ 9 mil para realizar cirurgias no Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), mas vinha cumprindo apenas 3 horas semanais, com a conivência de seu superior, o também médico Alcides Amaral Pingarilho.
Segundo o promotor de Justiça André Araújo, o próprio cirurgião declarou ao Ministério Público que reside em Belém (PA), e que estava atendendo no HCAL apenas às quintas-feiras, de 8 horas às 11 horas. Ele confessou ainda que também trabalha no Hospital São Camilo, em Macapá, e no Hospital de Clínicas Gaspar Viana, em Belém.
A Justiça fixou a indisponibilidade dos bens do médico calculados em até R$ 182.707,71. O valor seria o recebido por ele pelas horas não trabalhadas, conforme denúncia da Promotoria da Saúde. A decisão é liminar e, ainda, cabe recurso. O acusado pediu exoneração do cargo logo após a ação do Ministério Público.