Alunos de várias escolas declararam apoio à greve dos serventes e merendeiras da rede estadual nesta quarta-feira, 20. Em algumas escolas, os estudantes estão sendo liberados mais cedo, enquanto em outras não esta havendo aulas. Cerca de três mil funcionários paralisaram os serviços desde a última sexta-feira, 15, alegando atraso de dois meses no pagamento dos salários. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) afirmou que o salário referente ao mês de junho já foi liberado, e que está empenhada para atualizar os outros pagamentos.
Os alunos da Escola Estadual Deusolina Sales Farias, localizada no bairro Pacoval, fizeram uma manifestação de apoio aos serventes e merendeiras. “Eles dizem que um mês já foi pago, mas nós nada recebemos. Vamos continuar a greve até nos pagarem. Só queremos trabalhar e receber. Isso é pedir muito?”, declarou o presidente do Sindicato dos Cerealistas da Educação e Atividades Afins do Estado do Amapá (Sindceeap), Antônio Carlos.
A Seed informou que a Procuradoria Geral do Estado e a Unidade Descentralizada de Educação (UDE) firmaram um acordo com a Justiça do Trabalho buscando solução do entrave judicial, o que teria gerado o transtorno de atraso no pagamento. Mas, a secretaria vem trabalhando para que a arrecadação do Fundeb seja satisfatória para atualizar os pagamentos e evitar novos transtornos para os que dependem desses repasses.
Enquanto o impasse continua, os alunos da Escola Deusolina Sales Farias estão saindo mais cedo. “Não tem lanche. Os banheiros estão sujos e ninguém pode usar. Apoiamos a reivindicação é paralisação dos servidores”, disse o aluno Guilherme Soares, de 12 anos.