Funcionários terceirizados da Fcria cobram salários atrasados

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Pelo menos 30 funcionários de uma empresa que presta serviços a Fundação da Criança e do Adolescente (Fcria) paralisaram suas atividades, nesta sexta-feira, 7, reivindicando pagamento de três meses de salário atrasados. Os servidores do CIP, CESEIM, semi-liberdade e abrigo de crianças reivindicam também o pagamento de tributos fiscais. A Fcria declarou que o pagamento do mês de maio já foi depositado e os dos demais meses estariam pendentes devido a falta de documentação da empresa.

Wilson J_nior

Presidente Stacp, Wilson da Silva Júnior

Segundo os trabalhadores, a paralisação é de advertência. “Eles estão desesperados e não têm como pagar as contas. Este documento comprova que a paralisação é legal e que a Fcria tem conhecimento das reivindicações”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Stacp), Wilson da Silva Júnior.

A babá Graça de Oliveira trabalha no abrigo de crianças. De acordo com ela, há muita dificuldade de manter a família e as contas em dia com o salário atrasado. “Eu sou pai e mãe em casa. Tenho que fazer ‘bico’ no meu contra turno para aguentar as despesas e não morrer de fome”.

Diretora da Fcria Inailza Barata

Presidente da Fcria no Amapá Inailza Barata

A Fcria confirma o atraso no pagamento da empresa terceirizada, mas reintera que de três  empresas prestadoras de serviço, apenas uma está sem receber devido a documentação necessária para o pagamento. “As outras empresas estão com tudo em dia. Além disso, estava no contrato que as empresas tivessem capital de giro e aporte financeiro para pagar seus servidores caso isso acontecesse. Já depositamos R$ 150 mil e os outros meses dependem da documentação da empresa”, explicou a presidente da Fcria, Inailza Barata.

Segundo a fundação, o sindicato não respeitou o prazo do indicativo de greve. “Além disso, pelo menos 11 funcionários deveriam estar trabalhando, mas apenas quatro apareceram. Não queremos levar isso a justiça. Vamos dialogar com os servidores e a empresa. Queremos pagá-los, mas tudo dentro a legalidade”, disse a presidente.

Fotos: Cássia Lima

Seles Nafes
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