Os focos de incêndio nas florestas do Amapá têm sido uma preocupação a mais para o Núcleo de Hidrometeorologia do Instituto de Estudos e Pesquisas do Estado do Amapá (Iepa). Na última quarta-feira, 10, os satélites detectaram 13 focos, sendo sete nas proximidades da Reserva Biológica do Lago Piratuba, município de Tartarugalzinho, que em 2012 foi praticamente devastada pelo maior incêndio florestal do Estado, atingido seis quilômetros de florestas.
A preocupação vem unindo a meteorologia do Iepa, a Defesa Civil Estadual e o setor de prevenção de incêndios do Ibama, que observam os focos mostrados pelos satélites e tomam providências para que nenhum foco se transforme em um incêndio perigoso. “Os meteorologistas ficam observando constantemente os dados dos satélites, que apontam as áreas onde as temperaturas estão acima de 100°C o que significa incêndio. A maioria dos focos são de queimadas em fazendas”, explicou o meteorologista Jefferson Vilhena.
Segundo Jefferson, todas essas informações são repassadas para a Defesa Civil, que faz o serviço de prevenção junto com o PrevFogo. “Claro que não são todas as demandas repassadas à Defesa Civil. Normalmente esperamos por 48 horas, tempo necessário para que um pequeno incêndio controlado se dissipe. Após esse prazo o foco passa a ser preocupante”, acrescentou Jefferson.
Nesta sexta-feira, 12, o número de focos havia diminuindo para seis, todos próximos aos municípios de Tartarugalzinho e Cutias do Araguari, nas proximidades da BR-156, o que leva os setores de monitoramento a acreditar em ações de fazendeiros. Um dos focos, inclusive, na divisa de Macapá com Cutias, mas todos estão classificados como pequenos focos, ainda.
Imagens de Satélite CPTEC/IMPE