A deputada estadual Marília Góes (PDT), citada pelo Ministério Público em uma das ações ajuizadas nesta terça-feira, 2, denunciando desvio de recursos da Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims), se pronunciou por meio de uma nota pontuando sua defesa. O MP afirma que Marília, quando titular da Sims, comandava um esquema de fraude em licitação.
Na nota, a deputada enfatiza que “no exercício do cargo de secretária de Estado de Inclusão e Mobilização Social suas ações foram sempre pautadas pelo respeito aos princípios que regem a administração pública”. Segundo ela, a compra de kits-vestuário, para socorro as vítimas da enchente de janeiro de 2010, em Laranjal do Jari, foi feita com a finalidade de prestar socorro eficiente e ágil aos cidadãos em situação de vulnerabilidade momentânea. “Todos os procedimentos foram adotados com o objetivo de atender prontamente as pessoas sinistradas e submetidas à grave risco social, em obediência à legislação pertinente. A lei de licitações traz requisitos específicos para contratações emergenciais, as quais, como o próprio nome já diz, não podem ser submetidas a processos burocráticos que comprometam a sua finalidade de atendimento imediato aos cidadãos em situação de risco”, argumenta a parlamentar.
Sobre a denúncia relativa ao Instituto Vidas Parceiras, Marília Góes afirmou que “o serviço contratado foi devidamente prestado, conforme relatório existente na Sims, sendo precedido por regular processo licitatório sem que nenhuma anormalidade tenha sido registrada pelos órgãos de controle. Os questionamentos levantados na denúncia serão devidamente esclarecidos nas instâncias cabíveis”.
Marília Góes concluiu enfatizando que “após quatro anos, este será o momento de efetivamente defender-se das acusações que lhe são imputadas, até aqui extra-oficialmente, no âmbito da Operação Mãos Limpas, e que todas as provas da retidão de sua conduta serão apresentadas no momento certo e analisadas por quem verdadeiramente tem a missão de julgar com independência e imparcialidade”.
ROBERTO GÓES
O ex-prefeito Roberto Góes disse, através de sua assessoria, que tudo que sabe é o que vem sendo divulgado pela imprensa. Portanto, não vai se pronunciar até que seja notificado oficialmente pela Justiça.