A primeira-dama e secretária de Inclusão e Mobilização Social do Estado, Cláudia Camargo Capiberibe, poderá prestar esclarecimentos no plenário da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) sobre o vídeo que mostrou um funcionário público citando o nome dela como suposta beneficiária num esquema de propinas no Governo do Estado. Em outro vídeo, veiculado no jornalístico Fantástico, um outro homem recebe dinheiro para interferir na licitação da vigilância das escolas. A decisão é da Justiça que manteve a convocação aprovada em junho deste ano pelos deputados estaduais. A Assembleia foi notificada pela Justiça nesta segunda-feira, 20.
Um vídeo mostra o empresário Luciano Marba, dono da LMS, repassando R$ 100 mil para o marido da então secretária de Educação do Estado, Miriam Correia, para que ele interferisse na licitação. Em outro vídeo, que não foi ao ar na reportagem do Fantástico, mas chegou à Assembleia, mostra um diálogo entre o empresário e um assessor da Secretaria de Inclusão Social onde ele cita o nome de Cláudia como suposta destinatária da propina.
Logo após a reportagem do Fantástico, os deputados aprovaram a convocação da primeira-dama, mas ela conseguiu suspendê-la com uma decisão favorável do desembargador Carlos Tork. Os advogados da primeira-dama alegaram que a convocação não continha um assunto específico a ser tratado.
Agora, no julgamento pelo colegiado de desembargadores, ficou decidido que a convocação deve ser mantida. “Todavia, o ato convocatório deve ser mantido, desde que previamente se delimite o assunto a ser tratado”, avaliou a desembargadora Stella Simone, relatora do processo.
A Assembleia Legislativa ainda não divulgou quando Cláudia Capiberibe poderá ser ouvida ou se fará mesmo uma nova convocação com assunto pré-definido. O Site SelesNafes.Com pediu uma entrevista com a primeira-dama, mas ainda não houve resposta.