Uma caminhada marcou o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito em Macapá no domingo, 16. O cortejo saiu da Fortaleza de São José e terminou no Trapiche Eliezer Levi, no Centro da cidade. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de fazer com que motoristas, pedestres, ciclistas e a população em geral, façam uma reflexão sobre suas atitudes no trânsito, e que isso possa gerar redução do número de mortes.
Segundo dados do Departamento de Trânsito do Amapá (Detran-AP), nos últimos quatro anos 497 pessoas morreram no Amapá vítimas de acidentes de trânsito. As estatísticas apontam que dentro da cidade de Macapá o número de mortes caiu, enquanto que nas rodovias federais e estaduais o número de vítimas cresceu. “Devido a boa pavimentação das rodovias as pessoas correm mais e consequentemente acabam se envolvendo em acidentes fatais”, explicou o coordenador da Lei Seca no Amapá, Wescley Costa.
Durante a caminhada parentes de vítimas contaram um pouco do sofrimento que é perder uma pessoa querida. “As pessoas não tem noção do vazio que é perder um filho. Uma criança indefesa que tinha um mundo pra viver. A minha dor é muito grande. A imprudência do outro coloca a vida de dezenas de pessoas em perigo. Pense na vida do próximo. A prioridade é a vida”, declarou Adriele Mendes, mãe do pequeno Guilherme, de 6 anos vítima de um motorista bêbado.
A imprudência e o mau uso das vias amapaenses matam mais homens jovens de 18 a 29 anos. “50% das vítimas no trânsito são jovens e mais de 60% são homens. Todos os dias recebemos dezenas de chamados. O triste é perceber que a gravidade dos acidentes é maior que nosso esforço”, afirmou a enfermeira do Samu, Angela vaz.