CEA descarta racionamento, mas pede redução no consumo

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A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) voltou a afirmar que o consumo de energia está no limite da capacidade de geração, principalmente em Macapá. De acordo com a empresa, os picos de consumo acontecem no período da tarde porque a cidade está muito quente e as pessoas usam mais os aparelhos de ar condicionado e ventiladores. Segundo o Instituto de Meteorologia do Amapá, a temperatura na capital amapaense tem variado entre 37 e 38 graus. Isso levou a CEA a iniciar uma campanha pela redução do consumo.

Segundo a CEA, a capacidade de geração do sistema é de 260 mil MW, mas o consumo está chegando aos 253 mil MW. A preocupação maior da companhia é que o rio Araguari, que alimenta a usina Coaracy Nunes, está baixando o que pode interferir na produção, apesar de os reservatórios ainda estarem com a capacidade normal. Diante desse quadro, a concessionária resolveu agir por meio de uma campanha para conscientizar os consumidores para que reduzam o consumo nos meses de novembro  e dezembro.

Lélio Santos, diretor de Distribuição da CEA

Lélio Santos, diretor de Distribuição da CEA

A Usina Hidrelétrica do Paredão, que fica no município de Ferreira Gomes, produz 60 MW, enquanto que o sistema de Santana gera 200 MW de energia. Segundo a companhia, de agosto a dezembro o consumo de energia no estado cresce mais de 30% por conta do verão. “Nos últimos meses do ano o consumo é mais intenso. Então, pedimos para as pessoas economizarem energia para evitar eventuais sobrecargas no sistema de distribuição”, enfatizou o chefe de Departamento de Distribuição da CEA, Lélio Santos.   

De acordo com os técnicos da companhia, o Amapá não vive racionamento. Eles explicam que racionamento se caracteriza quando a capacidade de produção está abaixo da demanda, o que ainda não é o caso do Amapá. No mês passado, no entanto, a Eletronorte chegou a admitir que as interrupções se davam por conta de um princípio de racionamento.

A orientação para a redução do consumo é por causa da mudança do sistema isolado para a conexão com o Sistema Integrado Nacional. “Parece um contrassenso. O linhão vai integrar o Amapá com energia elétrica ilimitada, mas até a conclusão das obras de interligação precisamos ter energia de sobra, por isso temos que economizar”, destacou Santos.

A conexão com o linhão vai sanar os problemas de quedas de energia, assim como estabelecer uma ligação elétrica segura e estável no Amapá inteiro. Hoje a CEA compra energia exclusivamente da Eletronorte, com a interligação todos os outros distribuidores podem vender energia ao Estado.

Seles Nafes
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