Crise na Maternidade Mãe Luzia

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Pais, técnicos e enfermeiros da Maternidade Mãe Luzia realizaram um ato de advertência nesta quinta-feira, 11, contra as condições do hospital. Faltam desde remédios até aparelhos de oxigênio para a UTI neonatal. Os profissionais de saúde exigem a contratação de mais pessoal para diminuir a sobrecarga de trabalho.

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Funcionários dizem que estão sobrecarregados

De acordo com o Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Saúde do Amapá (Sindsaúde), a UTI Neonatal tem estrutura para 16 recém nascidos, mas atende 22 crianças. O berçário deveria receber 14 bebês, mas tem 20 internados.  E até a falta de remédio é denunciada. “Essa estrutura não comporta mais a grande demanda da cidade. As pacientes estão sendo atendidas em cadeiras. Mulheres estão em trabalho de parto no chão do hospital”, relatou a diretora do Sindsaúde, Maria Leia Nunes.

Marleia Silva: filho grave e sem aparelho de oxigênio

Marleia Silva: filho grave e sem aparelho de oxigênio

Cerca de 40 técnicos e enfermeiros fazem o atendimento e o acompanhamento dos pacientes na Maternidade Mãe Luzia. “Nós não podemos oferecer um atendimento de qualidade. Eu deveria atender uma criança, mas tenho que cuidar de 4 recém-nascidos em estado grave. Nós estamos com sobrecarga de trabalho”, ressaltou o técnico de enfermagem que trabalha há 15 anos na maternidade, Marcelo Campos (foto de capa).

O ato de advertência também foi apoiado por famílias. O filho da dona de casa Marleia da Silva nasceu com pouco oxigênio e está internado na UTI neonatal. “Está um caos. Meu filho passou mal outro dia porque o aparelho de oxigênio quebrou. Às vezes os enfermeiros fazem vaquinha para comprar remédios, luvas e seringas”, denunciou.

A Secretaria de Estado da Saúde ficou de se posicionar sobre o assunto, mas até às 14h30 não havia divulgado nenhuma informação.

Seles Nafes
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