O Exército deve ser convocado para ajudar os órgãos de defesa epidemiológica do Amapá a combater a febre chikungunya. Essa estratégia começou a ser discutida em Brasília, na última terça-feira, 02, entre representantes da bancada amapaense e o ministro da Saúde Arthur Chioro, além do secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
A reunião decidiu que é urgente a presença do Exército nas ruas de Macapá, Santana e Oiapoque para ajudar a população a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença, o aedes egypti, o mesmo inseto que transmite a dengue.
Nesta quarta-feira, 03, haverá outra reunião em Brasília para tratar o mesmo assunto, desta vez com o ministro da Defesa Celso Amorim. A ideia é que ele agilize a permissão para que o Exército faça parte da força tarefa. O Ministério da Integração Nacional vai reforçar os mutirões de limpeza nas cidades onde há registros da doença. Na reunião, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) solicitou que o ministério libere recursos para ajudar nas ações de controle da doença. “O próprio ministro entende que é urgente uma ação eficaz e, juntos, concluímos que será necessário colocar o Exército nas ruas de Macapá, Santana e Oiapoque para atuar como apoio e controle”, frisou o senador.
O ministro Arthur Chioro adiantou que 6 de dezembro, próximo sábado, e 8 de fevereiro, serão os “Dias D” de combate à febre em todo o Brasil. “A fase crítica é agora. Começam as chuvas intensas que é uma espécie de fertilizante para o mosquito que aproveita o tempo super úmido para depositar as suas larvas e ele se reproduz. É agora ou nunca. Não podemos deixar o cenário se descontrolar. E acho que isso as autoridades em saúde entenderam. Nosso trabalho aqui continua para que possamos vencer essa batalha o mais rápido possível”, concluiu Rodrigues.
Além dele, participaram da reunião o prefeito Clécio Luiz (PSOL), os deputados federais Davi Alcolumbre (DEM), Evandro Milhomem (PC do B), Sebastião BalaRocha (SOL)
O governador Camilo Capiberibe foi convidado para a audiência, mas mesmo estando em Brasília disse que não poderia comparecer porque tinha um exame médico marcado. O governador eleito, Waldez Góes, não compareceu, mas mandou Sebastião BalaRocha como representante. Quem representou o Estado foi o secretário de Saúde, Jardel Nunes.