Cerca de 500 pais e responsáveis de alunos acompanharam na manhã desta segunda-feira, 26, o sorteio de 300 vagas para o 1ª do ensino médio na escola estadual Professor Gabriel de Almeida Café, localizada na Avenida FAB, no Centro. Depois de enfrentar longas filas, os pais ainda tiveram que fazer torcida para que o nome dos filhos fossem sorteados. Os pais se queixam que a enorme procura de alunos de outros bairros tira a vaga dos estudantes que moram mais próximos da escola. Até moradores do Macapaba, na Zona Norte, se inscreveram para o sorteio.
Os pais avaliam que o sistema de sorteio é desproporcional. “A procura de outras pessoas de bairros distantes torna o sorteio injusto. Se eu pudesse optar preferiria o sistema de fila porque eu teria certeza da vaga da minha filha, mesmo que tivesse que dormir na fila”, declarou a moradora do Bairro Jesus de Nazaré, Ana Cristina Monteiro, de 46 anos.
O sorteio começou às 10 horas na quadra poliesportiva da escola. Apesar da multidão de pais e responsáveis não houve briga. Mas mesmo aqueles que foram sorteados reclamaram do sistema. “Agora eu estou mais tranquila porque tenho a garantia que minha filha vai estudar. Eu não concordo com esse sorteio. Muitos adolescentes tem que estudar longe quando tem uma escola perto de casa”, frisou Rosângela Santos, uma das sorteadas.
Mesmo quem teve promessa de escola perto de casa teve que correr atrás de vaga. Foi o caso do pedreiro Walter Correa, contemplado com apartamento no conjunto habitacional Macapaba. O projeto inicial do conjunto incluía uma escola para ensino médio, mas na prática não foi isso que aconteceu. “Era pra minha filha estudar perto de casa. Procurei por lá, mas no Brasil Novo tem uma enorme demanda de alunos para poucas vagas. Além disso, as escolas estão em condições precárias”, justificou ele, que também foi sorteado com vaga.
Ao todo foram preenchidas 150 vagas para o turno da manhã e 150 para a tarde no Gabriel Almeida Café. Amanhã ainda terá sorteio no Colégio Amapaense e Tiradentes.