Ao tomar posse no fim da tarde desta quinta-feira, 1º, na Assembleia Legislativa, Waldez Góes (PDT) disse que terá dificuldades para reorganizar as finanças do Estado diante de uma dívida de R$ 6 bilhões. Ele voltou a afirmar que seu primeiro ato será decretar estado de emergência na saúde, e disse que seu antecessor, Camilo Capiberibe (PSB), criou m abismo entre o governo e a sociedade.
Waldez e o vice-governador, Papaléo Paes (PP), entregaram suas declarações de bens e fizeram juramento sobre a Constituição do Amapá. Em seguida assinaram a ata de posse e Waldez fez o primeiro discurso como governador.
O governador disse que gestão anterior decretou a falência do sistema de saúde. “Com arrogância, falta de diálogo e de experiência para governar, meu antecessor deixou um abismo imenso entre governo e a sociedade. Um fator que explica as precariedades que observamos na saúde, educação e segurança pública. O que nos obriga sermos rápidos nas resoluções, como o decreto de estado de emergência na saúde para que consigamos estruturar o sistema e as pessoas possam novamente ter um atendimento digno em qualquer que seja a especialidade, até que as medidas mais longas possam ser colocadas em prática”, salientou.
Na área da educação, Waldez informou que o primeiro passo será restabelecer o diálogo com os professores que fizeram duas greves durante o governo Camilo. Até hoje o calendário letivo não foi reorganizado.
Na área de segurança pública, o governador adiantou que vai dar prioridade às licitações para reestruturar as forças policiais. A PM tem muitas dívidas. Uma delas é o aluguel de 100 viaturas atrasado há 6 meses. “Hoje o sistema de segurança está defasado, tudo porque as principais licitações estão jubiladas, o que vem refletindo até na falta de materiais básicos. Não há armamentos e munições, viaturas estão com alugueis atrasados e precisamos aumentar o número de oficiais à disposição da sociedade. Por isso não morarei na casa do governador (Residência Oficial), para que cerca de 100 policiais possam ser colocados a disposição da sociedade”, acrescentou.
Na economia, Waldez disse que vai atrair a iniciativa privada interessada em fabricar produtos a partir de matéria prima da floresta, a chamada “economia verde”. Depois da posse, ele seguiu para o Palácio do Setentrião onde deu posse para o novo secretariado. Waldez Góes é o primeiro governador a retornar ao cargo no Amapá.