Em uma operação integrada com o Pará, a Polícia Civil do Amapá prendeu na manhã deste sábado, 14, dois traficantes de drogas acusados de comandar a maior distribuição de entorpecentes da história do Estado. Segundo a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), Elmer Helen Oliveira Melônio e Benedito Paiva Mendes, respectivamente “patroa” e “tesoureiro”, comandam a quadrilha proprietária de 155 quilos de crack apreendidos na última quarta-feira, 11.
De acordo com as investigações da DTE, o esquema era comandado pela “empresária” Elmer Helen por meio de empresas de fachada que financiavam o esquema comprando e revendendo drogas que chegavam de Santarém (PA). Ela foi presa neste sábado em sua residência na lha de Mosqueiro, também no Pará. “Ela assumiu a quadrilha recentemente depois que prendemos Carlinhos, seu marido, e o mandamos para um presídio no Paraná”, explicou o delegado George Salvador, que participou da prisão dos traficantes.
Benedito Paiva Mendes era “tesoureiro da quadrilha e tinha contato direto com Elmer. Ele transportava a droga para Macapá em lanhas e barcos fretados. Ele foi preso às 6 horas deste sábado na sua residência no Bairro Remédio II, no município de Santana, por determinação da Justiça. “Eles eram os responsáveis pelos 155 quilos de crack apreendidos na última quarta-feira. Com certeza, essa quadrilha é a maior que conhecemos de distribuição de drogas no Amapá. Só conseguimos essas prisões com a ajuda da PC do Pará”, frisou o delegado Marcos Scalizo, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes e responsável pelas investigações.
A quadrilha conta ainda com um foragido da policia, o “gerente” Natal Pinheiro de Lima. O “armazenador” Antenor Silva Picanço, foi preso na quarta-feira em Santana guardando os 155 quilos de crack. O carregamento apreendido renderia mais de R$ 2 milhões à quadrilha, segundo a polícia.
Clodoaldo Pantoja
Outro detalhe curioso sobre o caso: Elmer Helen é irmã de Luiz Carlos Teixeira. Ele e o marido dela, Wagner Melônio, são condenados pelo assassinato do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja. O crime ocorreu em 2012 numa área deserta do Bairro Ilha Mirim, Zona Norte da capital. “Carlinhos” cumpre pena em Catanduvas (PR) e Melônio em uma penitenciária de Belém.