Tumucumaque: Dsei se corrige, e confirma que técnicos continuam isolados

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A diretora do Distrito Sanitário Indígena de Macapá, Nilma Pureza, voltou atrás na informação de que a maioria dos servidores isolados na Serra do Tumucumaque já tinha sido trazida de volta para Macapá. Ela admitiu que seis funcionários permanecem à espera de transporte aéreo nas aldeias, mas nega que eles estejam passando fome.

Uma funcionária que conseguiu ser resgatada na quarta-feira, 11, já tinha confirmado que seis colegas, 5 técnicos de enfermagem e um médico cubano, permaneciam presos na região espalhados em 3 aldeias. Ela relatou que o grupo não tem alimentação há vários dias, e que o transporte deveria ter acontecido há quase duas semanas. Uma colega teria desmaiado de fome.

Inicialmente a diretora Nilma Pureza afirmou que restava apenas 1 técnico para ser transportado para Macapá, mas na tarde desta quinta-feira, 12, ela se corrigiu. “Realmente só hoje fui informada que ainda restam técnicos na região. Nesses dias temos mandado voos pra lá, mas o mau tempo não tem permitido os pousos, e as aeronaves tem voltado. Pelo que sei hoje vai dar certo. Estamos com um helicóptero e um monomotor na região para trazer todos”, garantiu ela, sem precisar a hora de retorno dos profissionais, porque depende do tempo de pouso em cada uma das três aldeias.

Mas ela negou que os profissionais estejam passando fome. “Lá (no Tumucumaque) existe uma base da Aeronáutica e nunca os deixariam passar fome.  Além disso, boa parte da comunidade indígena é muita receptiva conosco, somos bem tratados. Existe criação de búfalo e muita comercialização de carne. Não tem como passar fome”, assegurou.

A técnica de enfermagem, Merabe Mendonça, admite que na aldeia próxima da Missão Tiriós, onde a Aeronáutica tem uma base, realmente não faltam alimentos, mas na aldeia Cuxeré os índios não dão apoio. “Foi lá que a minha colega desmaiou”.

Pistas

A diretora do Dsei reclamou ainda da morosidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) nos processos de homologação das 17 pistas de pouso que existem na região. Sem a regularização, elas não podem receber manutenção para pousos de aviões monomotores.  Hoje o transporte de pessoal e suprimentos é realizado por meio de helicópteros, elevando os custos operacionais. “Algumas pistas estão em condições precárias, e podem provocar acidentes com mortes, como já tem ocorrido em outras regiões do país. Hoje (quinta) teremos uma reunião com a direção da Funai para pedir pressa”, revelou Pureza.  

Seles Nafes
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