A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá ouviu nesta sexta-feira, 13, Caroline Costa de Sousa, de 25 anos. Ela é acusada de mandar matar o ex-marido Antônio Ciríaco Moreira, de 53 anos, em março de 2013. O Ministério Público do Estado alega que Caroline mandou executar o ex-marido porque estava interessada no seguro de vida e no FGTS dele. A defesa argumenta que não há nenhum indício da participação dela no crime. O caso pode ser encaminhado a júri popular em 60 dias.
Antonio Ciríaco era funcionário de carreira da Eletronorte e foi encontrado morto no dia 25 de março de 2013 na residência dele, no bairro Santa Rita. A perícia constatou que a vítima foi estrangulada quando estava com os pés e mãos amarrados.De acordo com a denúncia do MP, Caroline mandou matar o ex-marido porque havia acumulado dívidas e estava interessada em receber o FGTS e um seguro de vida no valor de R$ 150 mil que ele teria deixado.
O caso Ciríaco, como ficou conhecido, deveria ter sido julgado em janeiro do ano passado, mas o juiz Nazareno Haussler, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, se declarou impedido de dar prosseguimento ao caso e transferiu os autos para a 1ª Vara do Tribunal do Júri. Depois de mais de um ano parado, o processo teve continuidade hoje com a primeira audiência de instrução, quando a acusada foi ouvida. “Ela nega, mas existem muitas provas que a incriminam. Quando ela foi vender o carro havia um dos executores do marido junto com ela. Ela encomendou a execução do marido por dinheiro”, argumentou o promotor do MP, Afonso Pereira.
Depois do assassinato, os criminosos foram filmados por câmeras de segurança de um vizinho deixando a residência. Um deles foi flagrado em uma agência bancária na companhia da ex-mulher. “Foi inventado que ela teria feito isso porque queria lucrar um seguro que existia a favor de sua filha. Mas, temos certeza que esse seguro não existe. Inclusive, pedimos para o juiz pesquisar sobre este seguro”, disse o advogado de Caroline, Maurício Pereira.
Essa é a última audiência para o interrogatório da ré. A sentença de pronúncia do juiz João Guilherme Lages deve ser publicada em até 60 dias.