De caiaque pelo rio Araguari, uma aventura que é um delicioso passeio

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Partindo de Porto Grande

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Partimos da beira de um pequeno igarapé (mais um braço, ou talvez um dedo do Araguari), sujo e acanhado, ao lado de uma parede de blocos de cimento que lembram as muralhas de um forte militar antigo, mas que na verdade é a base que sustentou a praça da cidade (hoje em ruínas), que será levada a pique juntamente com outras construções ribeirinhas quando as águas do rio encantado forem represadas pela hidrelétrica CALDEIRÃO.

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Na saída imperam os motores dos batelões, que vão e vem transportando os operários que trabalham na construção da barreira. Mas logo nos afastamos e somos saudados por uma chuva vigorosa, que abraça-nos com a força dos velhos amigos, dando-nos as boas vindas.

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Navegando entre as águas

Pedras imensas, outras menores, emergem do rio para servir de abrigo e repouso a fauna aquática e aviária que compõem o ecossistema de um dos lugares mais encantadores do Amapá e que ainda serve de fronteira entre os municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes. O trecho, que começa em Porto Grande e segue por cerca de 50 km até a sede da Floresta Nacional do Amapá, FLONA, é perfeitamente navegável, belíssimo e relaxante.

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No trajeto é possível ver as balsas retirando do leito do Araguari o cascalho usado na construção civil. Gaivotas voam rente a lâmina d’água para surpreender possíveis insetos ou peixes desatentos.

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O rio, que visto da superfície, corre calmamente entre as pedras, com a construção da barragem irá perder um pouco de velocidade, mas não de sua beleza, nem tão pouco de sua navegabilidade. Na verdade, se forem feitos os empreendimentos necessários, o rio pode se transformar num dos pratos principais a ser oferecido aos famintos por aventuras radicais nas trilhas das águas ou nas de mata.

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Pelo menos esse é o desejo do Érico Kuano, chefe da FLONA, para quem o turismo de aventura pode ser um ótimo negócio para manter os 460.352,61 hectares da reserva a salvo dos caçadores e garimpeiros; e é ainda uma fonte de renda extra aos pequenos agricultores e pescadores que vivem em seu entorno da FLONA, que abrange os municípios de Porto Grande, Ferreira Gomes e Tartarugualzinho.

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Seles Nafes
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