A Polícia Civil do Amapá prendeu nesta segunda-feira, 23, no Bairro Buritizal, Zona Sul de Macapá, o ex-promotor de Justiça do Ministério Público de Alagoas, Carlos Fernando Barbosa Araújo. Ele estava foragido desde novembro do ano passado depois de ser condenado pelo estupro de duas filhas e uma enteada. Ele estava escondido há menos de 10 dias no Amapá.
O Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) da Polícia Civil recebeu comunicado da Polícia Civil de Alagoas informando que Carlos Fernando estava escondido no Amapá. “Com as fotos dele levamos um dia para localizá-lo, por meio da nossa inteligência, já com o conhecimento do Tribunal de Justiça do Amapá”, informou o delegado Sidney Leite, do NOI.
Ainda de acordo com o delegado, o ex-promotor vinha se escondendo em municípios do interior do Maranhão até chegar ao Amapá onde já tinha uma namorada.
Carlos Fernando era promotor de Justiça quando foi acusado por Elisabeth Rodrigues Pereira, mãe de duas filhas dele e da enteada. Segundo ela, a filha mais velha relatou que era abusada pelo pai junto com as irmãs. Os crimes aconteceram a partir de 1993, quando ela tinha apenas 12 anos, e prosseguiram até 2003.
A filha mais velha relatou que o pai costumava fazer sexo oral nela, e que gostava de lhe mostrar material pornográfico, além de fotografá-la nua. Quando notou que o pai também passou a abusar da irmã mais nova, ela criou coragem e denunciou.
O computador dele foi apreendido com mais de 3 mil fotos de conteúdo sexual envolvendo crianças. Ele foi condenado a 76 anos de prisão em regime fechado por estupro e pedofilia.
Em 2006, a esposa levou o caso ao conhecimento da polícia. O promotor foi afastado das funções e chegou a ficar preso preventivamente entre 2007 e 2009, mas foi solto depois que a Justiça considerou o tempo da prisão preventiva longo de mais. No ano passado ele foi condenado, mas fugiu.
Carlos Fernando foi levado para a Polícia Técnica do Amapá no início da tarde para ser submetido a exame de corpo de delito. Ele permanecerá preso na Delegacia Geral da Polícia até o voo que levará de volta para Alagoas.