De acordo com a Defesa Civil Estadual mais de 20 pontos de alagamentos foram registrados nos municípios de Macapá e Santana depois da chuva desta sexta-feira, 20. Muitas ruas do Centro ficaram alagadas, assim como de bairros próximos aos canais, entre eles Buritizal, Santa Rita, Jesus de Nazaré, Beirol, Muca, Nova Esperança e Cidade Nova. A Defesa Civil estima que pelo menos 50 famílias foram atingidas. Segundo o Núcleo de Hidrometeorologia do Iepa, a previsão para a madrugada deste sábado e de chuva coincidindo com a maré alta de 3,5 metros, a maior do ano.
O Núcleo de Hidrometeorologia afirmou que em três dias choveu cerca de 130 milímetros. “Essa é a maior incidência de chuva registrada no ano. A nossa previsão é que nos próximos dias a chuva diminua de intensidade. Neste sábado além de chuva, a maré será a mais alta do ano podendo causar mais transtornos”, explicou o meteorologista e pesquisador do Iepa, Jeferson Vilhena.
O meteorologista alerta para a possibilidade de chuva no interior do Estado neste fim de semana, principalmente em Laranjal do Jari, Oiapoque, Calçoene, Amapá e Pracuúba. A grande preocupação mesmo é com a maré alta marcada para às 03h06min da madrugada de sábado chegando a 3,5 metros. “Essa maré será a mais alta do ano. É possível que com a força do vento e a incidência de chuva as áreas litorâneas sejam varridas pela maré. Famílias que moram no Aturiá e Cidade Nova devem ficar atentas”, frisou Vilhena.
No Bairro do Buritizal muitos pontos de alagamentos foram registrados, principalmente no entorno do canal. O lixo impediu a água de escoar alagando muitas casas. A casa da costureira Maria Celeste Cunha foi uma das poucas que escapou, pelo menos por enquanto. “Minha casa não foi para o fundo, mas falta pouco. Essa rua está toda alagada. O jeito foi descer na água para fazer compras”, disse a moradora da Passagem Municipalista, no Buritizal.
A Defesa Civil informou que mais de 10 equipes estão fazendo monitoramento e remoção de famílias em risco. A grande preocupação é com as famílias da área do Aturiá, onde mais de 30 casas correm o risco de serem derrubadas com a maré prevista.