A Câmara de Vereadores de Oiapoque, localizado a 590 quilômetros de Macapá, afastou o prefeito Miguel Caetano, do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ele é acusado de comprar, como prefeito, combustível do próprio posto de gasolina. Só no ano passado teriam sido comprados com valores superfaturados mais de R$ 2 milhões.
Como a vice-prefeita Maria da Luz (PSB) está em tratamento médico fora do Estado, a administração do município vai ficar a cargo da presidente da Câmara de Vereadores, Angelina Neta, também do PSB.
A decisão da Câmara, baseada no parecer de uma comissão processante, saiu nesta sexta-feira, 27, depois que o vereador de oposição Ivaldo Feitosa, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), pediu o afastamento do gestor apresentando as denúncias que serão enviadas ao Ministério Público. Se as denúncias forem comprovadas o prefeito pode ser acusado de improbidade administrativa e perder o cargo definitivamente. Por enquanto, ele foi afastado até que tudo seja apurado.
A comissão processante também apurou que Miguel do Posto teria deixado veículos se deteriorarem depois que foram retirados da garagem municipal e deixados ao ar livre. Além disso, ele estaria se negando a prestar esclarecimentos sobre contratos administrativos e de ter pago R$ 1,6 milhão a uma empresa investigada pela Polícia Federal.
O afastamento foi aprovado por 6 votos a 4 e vai durar três meses, tempo suficiente para que as denúncias sejam investigadas pelo Ministério Público. O prefeito de Oiapoque, que normalmente não atende a imprensa, ainda não se manifestou sobre o assunto.