A CR Almeida começou as demissões em massa no canteiro de obras da ponte sobre o Rio Matapi. Mais de 30 operários foram dispensados na última segunda-feira, 23, e outros 40 deverão ser mandados embora até o fim desta semana. A empresa alega não receber pela obra há cerca de 7 meses e anunciou para o próximo dia 31 a paralisação total por tempo indeterminado.
A empresa só não parou totalmente porque atravessa um momento crítico da obra. Dos cinco vãos que interligam a passarela de mais de 600 metros de comprimento, dois precisam ser conectados com urgência. “A estrutura corre o risco de se deformar se ficar parada por muito tempo. A obra é responsabilidade nossa e não vamos deixar isso acontecer. Do lado de Mazagão os vãos são menores e aguentam ficar mais tempo sem a conexão”, explicou um engenheiro da obra.
Na próxima quarta-feira, 25, está programada a conexão do primeiro dos cinco vãos. O trabalho não pode parar, por isso só nesse setor é que não houve demissões. No restante da obra todos os operários já estão sendo chamados para receber a aviso de dispensa. “A empresa cansou de bancar a obra. Estamos aguardando um retorno do governo, mas até agora só o silêncio”, queixa-se a fonte.
A Secretaria de Transportes do Estado (Setrap) disse na semana passada que a inadimplência previdenciária do Amapá impedia o estado de acessar os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas que a pendência já estava sendo resolvida. O governo ainda não anunciou sobre o assunto.