Os órgãos de segurança pública do Amapá preparam uma verdadeira força tarefa para grande manifestação programada para o próximo domingo, 15, em Macapá. O evento, marcado para a Praça da Bandeira, é um protesto contra o governo da presidente Dilma Roussef (PT), e está sendo organizado por movimentos sociais, estudantis e sindicatos numa mobilização feita em todo o Brasil a partir das redes sociais. Ao todo foram convocados mais de 800 policiais, bombeiros, agentes de trânsito e guardas municipais.
O movimento chamado “15 de março” iniciou no Sul do Brasil e já estava forte na internet. Depois do pronunciamento oficial da presidente Dilma Rousseff, ocorrido no último domingo, 8, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a mobilização ganhou ainda mais força. Calcula-se que cerca de 10 mil manifestantes participem e declarem o descontentamento com as decisões do Governo Federal e a falta de apuração nos escândalos de corrupção da Petrobras.
No total, 500 policiais militares, sendo 100 homens da Tropa de Choque, além de 90 guardas municipais, 50 bombeiros e mais 50 policiais civis estarão estrategicamente posicionados no percurso da manifestação que deve ocorrer no Centro de Macapá, com previsão de saída às 16 horas da Praça da Bandeira, na Avenida FAB. “Nosso objetivo é dar segurança aos manifestantes e manter a ordem. Sabemos que muitas famílias irão participar, por isso pedimos que ninguém cometa vandalismo. Não queremos usar da força, mas aqueles manifestantes que cometerem um ilícito penal serão punidos”, ressaltou um dos coordenadores da PM para a manifestação, tenente-coronel Gezimar Barroso.
Segundo o tenente, informes e avisos já foram emitidos para a Fecomércio e Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia) para possíveis casos de vandalismo. O temor é que baderneiros promovam quebra-quebra como o que ocorreu há quase dois anos no centro da capital. Lojas, caixas eletrônicos e órgãos públicos foram depredados.
A manifestação iniciará na Avenida FAB, percorrendo as ruas Leopoldo Machado, Cândido Mendes, Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd e Complexo Beira-Rio. “As manifestações de junho de 2013 reuniram 15 mil pessoas, sendo que 90% eram só estudantes. Alguns chegaram a depredar patrimônios públicos e privados. Dessa vez não vamos permitir que isso aconteça”, frisou Barroso.
Essa é a primeira manifestação que deve ocorrer simultaneamente em todo o Brasil marcada para o fim de semana. De acordo com a liderança do movimento no Amapá, não serão permitidas a utilização de bandeiras partidárias, black-blocs e vandalismo. “Convido todos a ir e levar a bandeira do Brasil, pintar a cara, adesivar seu carro e mostrar seu descontentamento com o Governo Federal. Manifestantes exaltados ou violentos serão entregues à polícia”, argumentou o presidente da Uecsa, Rodrigo Portugal, um dos organizadores no Amapá.
No Estado, a manifestação tem apoio organizacional da Uecsa, CUT (Central Única dos Trabalhadores), grêmios de escolas, associações, sindicatos trabalhistas e outros segmentos culturais. Um carro de som deverá “puxar” o movimento com a presença de agentes de trânsito da CTMac e policias rodoviários.