Se a primeira escola estadual (a Barão do Rio Branco, em Macapá) foi abandonada pelo poder público, apesar de sua importância histórica, imagina então o que aconteceu com o Museu da Base Aérea, no distante município de Amapá, a mais de 300 quilômetros de distância da capital. O abandono fez com que muito pouca coisa sobrasse para ser revitalizada, situação constatada recentemente pela nova equipe de gestão da Secretaria de Cultura do Estado (Secult).
A equipe esteve no museu na última quarta-feira, 22, e só encontrou um vigilante no local. O profissional informou que há pelo menos dois anos ninguém do governo visitava o lugar, composto por um pequeno prédio onde antes existiam exposições de fotos, objetos e informações sobre o complexo construído pelos americanos em 1941 para abastecer dirigíveis que transportavam tropas e suprimentos.
Hoje o museu a céu aberto está escondido debaixo de um grande matagal. Algumas sucatas de veículos militares e pontos de atracação dos dirigíveis compõem o restante do cenário. Moradores contam que durante décadas os veículos abandonados pelos americanos foram depredados por pessoas interessadas em furtar as peças de jipes e caminhões e comercializá-las na capital.
“Estou muito triste com a situação desse museu, que poderia está sendo visitado pelos amapaenses e turistas, mas está abandonado”, lamentou o secretário da Secult, Disney Silva. A comitiva elaborou um relatório a ser entregue ao governador Waldez Góes (PDT) solicitando a revitalização do museu.
“Precisamos valorizar o potencial histórico cultural do nosso Estado e garantir à população a oportunidade de conhecer locais como esse. Essa é a nossa história e precisamos valorizá-la”, enfatizou Disney.