Biblioteca comunitária: Quando as letras viram armas

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Policiais do 1ª Batalhão da Polícia Militar, responsável pela segurança em dois dos bairros mais violentos da capital, decidiram usar uma arma diferente para evitar que crianças e adolescentes acabem optando pelo crime. Eles inauguraram nesta sexta-feira, 17, uma biblioteca comunitária. O local escolhido foi a própria sede da Unidade de Policiamento Comunitário (UPC) dos bairros do Araxá e Pedrinhas.

Apresentação teatral durante a inauguração nesta sexta-feira, 17

Apresentação teatral durante a inauguração nesta sexta-feira, 17. Fotos: Cássia Lima

Depois de reduzir os índices de violência nos dois bairros, a missão agora é ajudar a formar novos cidadãos por meio por meio das letras. A munição é o conhecimento, incentivando também as boas maneiras às mais de 80 crianças que já participam de outros projetos na UPC.

“Aqui temos desde livros infantis até material científico. Porém, não vamos nos conter aqui. Iremos também até às escolas palestrar sobre drogas, violência e as consequências do crime. Vamos cuidar das crianças para dar um futuro melhor para a comunidade”, pontuou o tenente Felipe Brasil.

Elias Silva: "aqui é mais seguro e eu ainda aprendo"

Elias Silva: “aqui é mais seguro e eu ainda aprendo”

Durante a inauguração ocorreram apresentações teatrais, jogos, brincadeiras e “contação” de histórias. A UPC já oferece atividades culturais para a comunidade como a capoeira. A mudança de atividades ainda é nova para as crianças, mas elas já começam a entender os projetos da PM.

Tenente Felipe Brasil: um futuro melhor

Tenente Felipe Brasil: um futuro melhor

“Eu faço capoeira e agora venho ler pela tarde. Antes eu ficava na rua jogando bola e empinando papagaio. Mas aqui é mais seguro e eu ainda aprendo”, comentou Elias Silva, de 14 anos.

Quem já trabalha com as crianças percebe as necessidades afetivas e educacionais. “Como professor eu percebo uma necessidade afetiva durante esse processo de aprendizado das crianças. Elas têm vergonha de falar e de se relacionar. Nós sabemos que existem muitas dificuldades estruturais e financeiras das famílias, mas queremos colaborar nesse processo de melhoria”, ressaltou o professor Jari Dias, que trabalha no bairro o projeto “Capoeira Cidadã”.

Seles Nafes
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