Um rapaz de família classe média/alta de Macapá acusado de pelo menos dois roubos na capital foi ouvido pela polícia nesta quarta-feira, 29. Ele disse que agia por “diversão”. Segundo a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), nos dois casos Stanley Patrick Cardoso Maciel, de 27 anos, teve a companhia de um amigo, ex-detento do Iapen. O acusado confessou o crime.
Stanley Maciel é filho de um empresário proprietário de fazendas no município de Pracuúba, e mora com a família em um condomínio fechado na Zona Norte de Macapá. A polícia diz que ele usava dois carros do pai para cometer os crimes: uma Hilux (na foto de capa) e uma S-10.
“O que nós deixa surpreso é que um homem como ele tem tantas oportunidades na vida, mas prefere o mundo do crime. Ele tem uma vida confortável só que queria se divertir com esse amigo de infância que é ex-detento do Iapen”, comentou o titular da DCCP, Glemerson Arandes.
De acordo com os relatos das vítimas, Stanley dirigia o carro do pai para que o amigo fizesse os assaltos a pessoas que caminhavam na rua. O primeiro roubo aconteceu no dia 20 de dezembro de 2014 no Centro de Macapá, na Avenida Henrique Galúcio. O segundo foi registrado no dia 13 de fevereiro deste ano na Rua Paraná, no Bairro Santa Rita.
“Nas duas situações as vítimas anotaram a placa do carro que ele estava. Foram levados dois celulares, um cordão de ouro e uma chave. Nós o encontramos rastreando o celular da vítima. Ele negou tudo, mas depois contou a história toda e confessou o crime. Até decisão judicial ele vai continuar solto”, explicou o delegado.
A família, que não desconfiava de nada, foi surpreendida quando a polícia comunicou o crime e a identificação do suspeito. “Não sabemos por que ele fez isso. Ele parecia uma pessoa normal. Trabalhava como vigilante, tem mulher e filhos. Estamos muito surpresos”, disse um tio que preferiu não ser identificado.
Stanley foi reconhecido pelas vítimas e saiu da DCCP indiciado pelos crimes de assalto e formação de quadrilha. Agora polícia tenta localizar o comparsa dele, conhecido como “Alef”. Ele seria morador da Ponte do Axé, comunidade de passarelas de madeira entre os Bairros do Jesus de Nazaré e Pacoval.