Pressão: Professores e profissionais de saúde ocupam prefeitura de Macapá

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Servidores municipais de saúde e da educação ocuparam na manhã desta terça-feira, 28, o prédio da prefeitura de Macapá. Agentes de saúde se juntaram aos professores que protestam contra a proposta de reajuste salarial de 4% oferecida pelo prefeito Clécio Luis (Psol).

O cerca de 3 mil profissionais da educação municipal estão em greve há mais de 15 dias. Inicialmente a categoria exigia o cumprimento do nacional que sofreu reajuste de 13,01%, o que teoricamente altera o salário de um professor em todo o país de R$ 1.669 para R$ 1.917.

Clésio Jesus, agente de endemias: sem proteção

Clésio Jesus, agente de endemias: sem proteção

Depois da negativa da prefeitura que alega estar arrecadando abaixo do previsto, o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação (Sinsepeap) elaborou outra proposta.

“10% em maio e mais uma progressão atrasada, e outros 3% no fim do ano com o cumprimento de outra progressão”, resumiu o presidente da executiva municipal do Sinsepeap, Ailton Costa.

Ailton Costa do Sinsepeap: nova proposta

Ailton Costa do Sinsepeap: nova proposta

Os agentes de saúde e de endemias também estão em greve desde a última segunda-feira, 27. A categoria diz que em nenhuma das 4 mesas de negociação o poder municipal apresentou propostas próximas do que pretende a categoria, que quer 20% de reajuste.

“Nós trabalhamos de forma precária e sem proteção individual necessária. Mexemos com substâncias que são prejudiciais à saúde e ninguém nos paga insalubridade. É um descaso total”, reclamou o agente de endemias, Clésio de Jesus Marques.

Duas categorias na frente do prédio da prefeitura: pressão

Duas categorias na frente do prédio da prefeitura: pressão

Macapá possui 300 agentes de endemias e comunitários que ganham R$ 722. Com o reajuste de 4% oferecido pela prefeitura, a categoria passaria a receber R$ 750. A classe ainda reivindica 5 progressões atrasadas.

“Esse reajuste que a prefeitura quer nos dar é abaixo da inflação e nem cobre nossos gastos com o trabalho. Sabemos que existe verba especifica para isso. Trabalhamos sem luva, sem equipamento necessário. Isso é inadmissível”, ressaltou a agente, Ane Melo.

Agentes de endemias e de saúde resolveram paralisar depois de 4 rodadas de negociações

Agentes de endemias e de saúde resolveram paralisar depois de 4 rodadas de negociações

A Secretaria Municipal de Administração voltou a dizer que Macapá não tem arrecadação para suportar o reajuste. “A prefeitura está se esforçando para encontrar um número que atenda à classe sindical. Vale lembrar que a educação e saúde são prioridades do município. Mas nosso financeiro não é bom. Todas as previsões de arrecadação são negativas, e isso é no Brasil inteiro”, argumentou o titular da pasta, Carlos Michel Miranda.

Seles Nafes
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