As obras de revitalização do Mercado Central, um dos espaços mais tradicionais de Macapá, começam no mês de julho. Pelo menos foi o que garantiu a Secretaria Municipal de Obras (Semob). A licitação deve acontecer no mês de maio e a previsão é que até dezembro os comerciantes e a população ganhem o espaço novo.
A grande novidade será a construção de uma praça onde hoje funciona o estacionamento do mercado. O recurso para a revitalização é do Programa Calha Norte, do Governo Federal. Segundo a Semob, a obra vai custar R$ 2,6 milhões.
“A revitalização prevê uma praça onde funciona o estacionamento, troca de telhado para metálico, climatização, ampliação dos boxes. Além de remoção dos restaurantes do entorno. A ideia é que todo o destaque seja dado ao prédio principal revitalizado”, ressaltou o secretário municipal de obras, Emílio Escobar.
O Mercado Central é um dos símbolos da história de Macapá. Foi inaugurado no dia 13 de setembro de 1953 pelo governador Janary Nunes e o prefeito Claudomiro de Moraes. O espaço tinha como finalidade comercializar os produtos da roça que eram desembarcados no Trapiche Eliezer Levy.
“Eu trabalho aqui há 42 anos. Vi esse espaço ser deteriorado e abandonado com o tempo. Queremos que seja reformado, mas que cada cidadão cuide desse patrimônio. Também queremos maior segurança por conta dos constantes assaltos”, pediu o comerciante Marco Antônio de Morais, de 59 anos.
O projeto de revitalização do Mercado Central conta com ampliação do espaço externo e lojas laterais. Para isso, será necessário realocar no mínimo 115 comerciantes de dentro e fora do mercado. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico de Macapá, Suely Colares, durante as obras os comerciantes vão ficar alocados em tendas parecidas com a estrutura do Festival Gastronômico.
“Somos responsáveis pelos empreendedores que trabalham naquele espaço. Portanto, vamos acomodar todos em frente ao mercado. Isso não vai prejudicar a obra nem o comerciante que precisa dessa renda para viver”, destacou Suely.
Quem frequenta o espaço já esta ansioso para ver a nova cara do mercado. “Eu vi esse patrimônio cair aos pedaços. Saber que irão cuidar disso novamente é pensar que nossa cultura será preservada. Quero trazer minha família inteira para passear aqui no fim da tarde”, adiantou o ex-guarda territorial e frequentador assíduo do mercado, Sebastião Antunes Belém.