O Marabaixo pode se tornar patrimônio cultural e imaterial do Brasil. O anuncio foi feito pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, nesta quinta-feira, 25, quando cumpria agenda no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), na Zona Norte de Macapá.
O ministro ficou surpreso com as apresentações de Marabaixo que o recepcionaram no aeroporto de Macapá. Ele anunciou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está analisando a proposta de tornar a manifestação tradicional dos negros do Amapá em patrimônio do Brasil.
“Já estamos avaliando os aspectos históricos e sociais da arte que originou a mistura de danças e cantos de comunidades remanescentes de quilombolas que povoaram o estado do Amapá. Os estudos estão bem avançados e possivelmente ainda este ano o projeto será votado”, declarou o Juca Ferreira.
O ministro está no estado para cumprir agenda relacionada à Caravana da Cultura, que busca aproximar os movimentos culturais ao Ministério da Cultura. Pela Manhã ele deu posse ao novo conselho gestor do CEU das Artes. Ainda nesta quinta-feira Juca Ferreira tem reunião marcada com segmentos artísticos da cultura amapaense. O ministro também vai estar no Arraiá do Meio do Mundo.
Marabaixo
O Marabaixo é a maior manifestação cultural do estado do Amapá. É um ritual de origem africana formado por festas católicas populares em comunidades negras da área metropolitana da cidade de Macapá. A dança e o canto do Marabaixo constituem o lado profano da Festa do Divino Espírito Santo e acontecem integradas a esta comemoração.
O ritmo vem dos tambores ou das caixas, instrumentos de percussão construídos com madeira e pele de animais. As mulheres dançam com suas saias de cores vivas e durante o ritual é servida a bebida típica, conhecida como gengibirra.