Pirataria: Taxistas e mototaxistas fazem ato público; CTMac diz que vai erradicar clandestinos

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Taxistas e mototaxistas bloquearam a Avenida FAB nesta terça-feira, 30, durante um protesto contra o transporte clandestino de passageiros entre a capital e o restante dos municípios. Os sindicatos das duas categorias estimam que 200 carros piratas estejam em atuação, além de  cerca de 1 mil motos. A direção da Companha de Trânsito de Macapá (CTMac) disse que vai erradicar o transporte clandestino do Estado.

A manifestação ocorreu no meio da manhã e durou alguns minutos, tempo suficiente para complicar o trânsito no trecho entre as ruas Odilardo Silva e Eliezer Levi, em frente a sede da prefeitura de Macapá. 

“Antes a praça estava boa nos horários de pico, que é quando as pessoas estão saindo ou voltando para casa, mas agora estamos perdendo para a pirataria que leva passageiros até pra outros municípios”, disse exaltado um taxista que estava na liderança do movimento.  

Mototaxistas e taxistas protestara em frente ao prédio da PMM. Fotos: Jair Zemberg

Mototaxistas e taxistas protestara em frente ao prédio da PMM. Fotos: Jair Zemberg

Os taxistas receberam o apoio dos mototaxistas durante a manifestação. As duas categorias chegaram a se reunir na segunda-feira, 29, com representantes da CTMac, do Ministério Público do Estado e o prefeito da capital Clécio Luiz (PSOL). Os trabalhadores conseguiram a promessa de que a fiscalização será ainda mais ampliada com ajuda da PM e da Guarda Municipal. Os taxistas e mototaxistas chegaram a dizer que desistiriam do ato público.

A CTMac lembrou que tem procurado seguir todas as orientações do MPE no sentido de ampliar a fiscalização, estabelecendo convênios com a Guarda Municipal e a Polícia Militar.

Cristina Baddini, diretora da CTMac: "estamos seguindo todas as orientações do MP"

Cristina Baddini, diretora da CTMac: “estamos seguindo todas as orientações do MP”

“Quando eu cheguei na CTMac (há 2 anos) a gente ouvia falar que aqui em Macapá haviam 2 mil mototaxistas clandestinos. Hoje temos mais de 600 motos apreendidas aqui no pátio da companhia. Teremos agora o apoio da Guarda e da PM para intensificar as abordagens em lugares como o terminal rodoviário, que não é um território nosso”, explicou a presidente da companhia, Cristina Baddini.

A atividade dos clandestinos está ligada diretamente a alguns indicadores da violência, como os assaltos e casos de estupro. Mais de 30% dos crimes sexuais de Macapá tem mototaxistas clandestinos envolvidos, segundo dados da própria PM.

Na próxima sexta-feira, 3, às 11 horas, um novo encontro vai reunir desta vez representantes da CTMac, Guarda Municipal, PM, e promotorias de Justiça do Meio Ambiente e Cidadania para discutir os próximos passos do combate ao transporte clandestino.

Seles Nafes
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