Os professores do estado ainda não começaram a receber as regências de classe. O estado diz que precisa primeiro concluir um levantamento para saber quantos professores estão em sala de aula antes de começar a cumprir o acordo feito com o Sindicato dos Servidores em Educação (Sinsepeap). A entidade começa a pressionar pelo cumprimento dos prazos estabelecidos durante a negociação com o Executivo.
A regência foi criada por projeto de lei já no governo Waldez Góes e aprovado pela Assembleia Legislativa no dia 12 de maio. Pela lei, que já foi sancionada, os professores em sala de aula receberão mais 15% sobre o salário. No governo Camilo Capiberibe (PSB), a regência foi incorporada ao vencimento básico numa manobra para alcançar o piso nacional da categoria, que protestou.
“Nós já pedimos uma reunião com mesa de negociação do governo, pois precisamos dessa data específica para que possamos repassar os informes à categoria”, explicou o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo.
A secretaria de estado do Planejamento informou que todo o processo foi debatido dentro da mesa de negociação.
“O governo não está fugindo do que foi acertado na mesa de negociação, onde acertamos que o pagamento seria repassado a categoria após a conclusão do levantamento que dirá onde estão os servidores da educação”, explicou o secretário de Planejamento, Antônio Teles Júnior.
“Com esse levantamento poderemos, por exemplo, reduzir o número de contratos administrativos e verificar o grau de custos extras que a secretaria de educação está tendo, e saber quanto servidores irão receber a regência de classe”, concluiu o secretário.
A secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que até o fim de junho deverá iniciar o cadastramento dos servidores contemplados. Hoje, cerca de 10 mil, dos 12 mil servidores da educação, estão com os dados atualizados.
Na próxima semana inicia a última fase de atualização do cadastro, momento em que os gestores de prefeituras deverão informar quantos de seus servidores pertencem originalmente aos quadros da Seed.