André Silva – O corpo de uma criança recém-nascida pode ter desaparecido de dentro da Maternidade Mãe Luzia. A mãe da criança, Bruna Costa Coutinho, de 14 anos (foto acima com o marido de 18 anos), disse que a última vez em que viu o corpo da filha foi quando ela foi levada para a “geladeira” do hospital, e depois sumiu.
Eloany Vitória Coutinho dos Santos nasceu no dia 3 de julho no Hospital de Santana, mas precisou ser transferida para a Maternidade Mãe Luzia. O bebê apresentou problemas em uma da válvulas do coração, e os médicos recomendaram a transferência imediata dela a outro Estado para a realização de uma cirurgia.
A criança entrou para a fila do Programa de Tratamento Fora do Domicílio (PTFD) e ficou internada na UTI da Maternidade. Na madrugada de quinta-feira, 6, a criança morreu.
Os pais foram orientados a ir em Santana buscar a certidão de nascimento da filha para que o corpo fosse liberado para sepultamento. Quando eles voltaram não encontraram mais o bebê.
“Perguntei para todos os enfermeiros, funcionários, médicos, ninguém me disse nada. Um funcionário veio me dizer que a minha filha foi incinerada junto com o lixo do hiospital”, disse Bruna.
A família resolveu chamar a imprensa e denunciar o caso. Parentes também estiveram na Secretaria de Saúde e na frente do Palácio do Setentrião realizando pequenos protestos.
A direção da Maternidade Mãe Luzia disse que não vai se pronunciar sobre o assunto. Uma assessora informou apenas que a diretoria primeiro ia buscar informações para depois fazer esclarecimentos.
A Secretaria de Saúde do Estado marcou uma entrevista coletiva para às 16h30min com o secretário de Saúde, Pedro Leite.