Os apagões de energia não atingem apenas as zonas urbanas de Macapá e Santana. Os blecautes atingem em cheio também as comunidades do arquipélago do Bailique, a 150 quilômetros de Macapá. Estudantes foram até a Câmara de Vereadores da capital para denunciar o problema nesta terça-feira, 18.
“Na última vez que faltou energia elétrica, o Bailique ficou cinco dias no escuro”, disse um aluno. Alguns usaram a tribuna da Câmara para reclamar.
Além disso, os alunos reivindicaram a instalação de um polo da Universidade Estadual do Amapá (UEAP). Os alunos estão concluindo o ensino médio sem perspectiva de continuar os estudos no distrito. Na Escola Bosque, por exemplo, cinco turmas se formarão neste ano.
“A maioria não tem condições de se deslocar para estudar em Macapá. Hoje são em média 100 alunos que se formam a cada ano e ficam praticamente impedidos de ingressar em uma faculdade por falta de oportunidade”, revelou o estudante Michel Kingler Maciel Quaresma.
Os estudantes também se queixaram a falta de telefonia móvel e de internet na região. O Bailique tem hoje cerca de 15 mil habitantes.