Professores e técnicos da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em greve há 120 dias, reuniram na tarde desta segunda-feira, 28, para alinhar o discurso em torno da reunião que haverá com o governo federal no dia 5 de outubro. Os técnicos definiram previamente que voltam ao trabalho, mas os professores adiantaram que vão continuar com o movimento se suas reivindicações não forem aceitas no encontro do dia 5.
Os servidores reivindicam reajuste salarial de 27,03%, e o governo propôs 10,8% para serem pagos em dois anos. Técnicos de 44 universidades federais aceitaram a proposta do governo, mas em 22 instituições não houve acordo. Os técnicos da Unifap estão entre os que não concordam, mas decidiram voltar ao trabalho mesmo assim.
“Decidimos retornar às atividades porque as conversas já estavam esgotadas. A proposta orçamentária do ano que vem já está no congresso, e ela não contempla nenhum aumento para a nossa categoria. Então, a gente entende que não há mais conversa e todo tipo de manobra que poderíamos usar nós já usamos. Encaminhamos nossa decisão e esperamos uma finalização unificada com as outras universidades”, disse Rafael Saldanha, diretor do Sindicato dos Servidores Técnicos-Administrativos da Unifap (Sintaufap.
De outro lado, os professores não aceitaram a proposta. Após a ocupação do gabinete do Ministério da Educação no dia 24 deste mês, na tentativa de pressionar o governo a atender suas reivindicações, o MEC marcou uma reunião com os docentes para o dia 5 de outubro.