Neste fim de semana, o Batalhão Ambiental do Amapá encontrou mais 4 animais silvestres, entre eles uma preguiça-real. O animal foi localizado em uma área invadida por moradores da Rodovia Norte/Sul, mas não estava em cativeiro. A captura, na tarde deste domingo, 18, foi necessária para proteger o animal de pessoas interessadas em prendê-lo. Segundo informações do Batalhão, a maioria dos animais encontrados ou apreendidos é devolvida ao meio ambiente.
De acordo com o Batalhão Ambiental, a preguiça-real, o macaco, a coruja e o tamanduá, encontrados neste fim de semana, foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama. Posteriormente, após tratamento, deverão ser soltos na natureza. Os que não puderem ser reintroduzidos, serão encaminhados para a Reserva Particular de Patrimônio Natural (Revecom), uma unidade privada localizada na Vila Amazonas, no município de Santana.
“Diariamente nós encontramos diversos animais, principalmente ofídios (cobras). Todos eles passam por uma avaliação e depois são devolvidos ao habitat natural. A maioria é encontrada próximo desses residenciais e isso mostra como os animais estão cada vez mais sem espaço”, destacou a sargento, Fernanda Silva, do Batalhão Ambiental.
Só neste ano, as equipes do batalhão já capturaram 352 animais silvestres. Foram 80 cobras, 30 corujas, 17 gaviões, 31 passarinhos, 23 preguiças, 13 iguanas, 7 jacarés, além de macacos e outros animais como gambás, catitus e quelônios. Um dos macacos (foto de capa), chegou ao Cetas desnutrido e acuado.
Grande parte foi encontrada por moradores que chamam a polícia para informar, mas há também, aqueles que o Batalhão Ambiental apreende por meio de denúncias.
“Nesses casos de denúncias, muitos vem machucados como as corujas e os macacos. Outros são bem tranquilos e saudáveis. Mas é importante frisar que o animal silvestre é para viver solto no meio ambiente, é não engaiolado ou amarrado em casa”, enfatizou a sargento.
Entre os animais mais raros que já foram resgatados estão filhotes de onça-pintada, gavião-real tamanduá. A grande preocupação nesses casos é tratar do animal sem que ele se acostume com o cuidado humano, para que ele recupera seus instintos naturais.