Um vídeo postado nas redes sociais mostra duas adolescentes, de 12 e 13 anos, da Escola Estadual Coaracy Nunes, em Macapá, brigando depois da aula. Uma delas chega a sangrar pelo nariz. O caso foi parar na Delegacia Especializada em Atos Infracionais (Deiai) que investiga um possível caso de bullyng.
A menina agredida tem um blog de moda infantil e é muito popular nas redes sociais. Isso teria causado ciúmes das outras colegas, que acabaram incitando a confusão. Segundo a mãe da menina, sua filha teve que mudar a maneira de se vestir por causa das agressões verbais das colegas. A direção da escola, que chamou as mães e as duas meninas para conversar, acredita que realmente os colegas ajudaram para que isso acontecesse. No vídeo é possível ouvir vozes de outros adolescentes provocando as meninas.
De outro lado, a dona de casa, Maria Luciane Santos, 30, mãe da jovem que aparece de bermuda no vídeo agredindo a colega, disse que a filha tinha ido a escola fazer um trabalho, quando a outra menina, que teria uma faca na mochila, provocou sua filha e saiu andando. Ela não entende porque isso aconteceu.
“Ela não vê esse tipo de coisa acontecer dentro de casa. A gente até evita falar palavrão na tentativa de poupar ela de qualquer tipo de demonstração de agressão”, disse Maria Luciane.
Mas no vídeo é a filha de Maria Luciane quem provoca a outra jovem seguindo-a desde a saída da escola. Ela puxa a outra adolescente, que aceita a provocação e a briga se inicia.
A diretora da escola, Elba Rosa Dias, contou que a briga ocorreu no dia 1º de outubro e que tudo não passou de uma “briguinha” de crianças. Quanto à faca que uma das meninas teria na mochila, a diretora afirmou que isso não é verdade.
“Nós descobrimos que não era uma faca e sim uma colher, que segundo a adolescente, era para assustar a outra. Ela disse que não pretendia usar. No dia seguinte à briga, as duas sentaram aqui na minha frente com as mães. Elas duas estavam numa amizade só. E o que elas relataram foi que brigaram por picuinha das amigas”, relatou a diretora.
O caso foi registrado na Deiais e todas as partes envolvidas começaram a ser ouvidas.